Lembrado o 35º aniversário do grande órgão da Catedral

Foto: Rui Saraiva

Foi com um concerto pelo organista Ben van Osten (1965), de Haia (Holanda), também ligado à literatura organística de autores franceses, pelo que recebeu homenagens do governo francês, que o Cabido Portucalense lembrou o 35.º aniversário da inauguração do grande órgão da catedral.

O concerto, que foi transmitido por via facebook em direto,  foi apresentado pelo Cónego Jorge Cunha, que lembrou a efeméride e o projeto fundador do Cónego Ferreira dos Santos, na instalação desse instrumento, hoje um ícone dos órgãos de tubos de inspiração barroca e modelo de muitos outros construídos na cidade e no país, que salientou o sentido cultural e pastoral deste acontecimento, que continua a merecer a presença e atenção de muitos, mesmo com as limitações de espaço agora necessárias.

As obras apresentadas foram:  De J. S. Bach, Fantasia e fuga em sol menor e a ária da contata 208; de Feliz Mendelssohn, o Prelúdio e fuga em mi menor; de Sergei Rachmaninoff, um prelúdio em dó sustenido menor; e de Louis Vierne, a sinfonia n.º 3 em Fá sustenido menor.

Foi um programa pedagógico, do composições do século XVIII ao séc. XX, oferecendo uma perspectiva da evolução da música para órgão ao longo desse tempo, bem como dos diferentes estilos, momentos e sentidos das composições, do solene e enfático até ao meditativo e interiorizante. A interpretação foi muito segura e brilhante, reconhecida pelos aplausos dos presentes, entre os quais vários organistas ligados à catedral e às igrejas da cidade e diocese, bem como do país e estrangeiro (entre eles Filipe Veríssimo, Rui Soares, Tiago Ferreira).

CF