Iniciativa do Papa vai reunir delegações de mais de 100 países, incluindo Portugal
O Estádio Olímpico de Roma e a Praça de São Pedro, no Vaticano, vão acolher as atividades da I Jornada Mundial da Criança, entre 25 e 26 de maio, numa iniciativa promovida pelo Papa.
O encontro, que vai contar com delegações de mais de 100 países, incluindo Portugal, foi apresentado em conferência de imprensa, no dia 16 de maio, pelo cardeal José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação (Santa Sé).
O responsável português falou num “grande encontro eclesial”, cujos protagonistas são os mais novos, para “reavivar em todos a esperança no futuro da Igreja e da sociedade humana.
Para o cardeal Tolentino Mendonça, os valores da liberdade, do respeito mútuo e da solidariedade podem ser transmitidos e vividos “desde a mais tenra idade”, pelo que esta Jornada pode ser um sinal de comunhão e uma “profecia” de unidade e de paz.
Além dos eventos em Roma, vão decorrer iniciativas a nível diocesano, em vários países do mundo.
O padre Enzo Fortunato, coordenador da Jornada, sublinhou o “alcance mundial” do evento, que representa um “canto de esperança” e “um sinal aos senhores da guerra”.
“Queremos olhar o mundo com os olhos das crianças, que são a esperança dos povos, o seu futuro”, acrescentou.
O encontro vai contar com uma delegação de Gaza, incluindo algumas crianças feridas, que chegaram graças à missão humanitária do governo italiano e foram acolhidas pela comunidade católica de Santo Egídio.
O evento de dois dias terá início no sábado, às 15h30 (menos uma em Lisboa), no Estádio Olímpico, com um encontro de música, desporto, reflexão e espiritualidade.
Francisco vai marcar presença no encontro, respondendo a perguntas dos participantes, antes de um jogo de 5 minutos entre as crianças e futebolistas internacionais, liderados pelo italiano Gianluigi Buffon.
A Jornada Mundial da Criança conclui-se na Praça de São Pedro, com a Missa presidida pelo Papa Francisco e um monólogo do ator e realizador italiano Roberto Benigni, após a recitação do ‘Regina Coeli’.
O Vaticano adianta que muitas das crianças presentes chegaram a Itália através de corredores humanitários, vindas de países como a República Democrática do Congo, Afeganistão ou a Síria.
“Entre elas há crianças dos 7 aos 11 anos que nunca foram à escola, porque nasceram num campo de refugiados, no Uganda, no Quénia, no Líbano ou na Etiópia; mas também ucranianos que são hóspedes das famílias de Santo Egídio e das paróquias italianas, desde o início da guerra”, assinala o portal ‘Vatican News’.
(inf: Agência Ecclesia)