Por Joaquim Armindo
“Todas elas, em tempos e culturas diferentes, com estilos diferentes e com iniciativas de caridade, educação e oração, deram provas de como o “génio feminino” pode refletir, de forma única, a santidade de Deus no mundo. Em tempos em que a maioria das mulheres estava excluída da vida social e eclesial, “o Espírito Santo suscitou santas cujo fascínio provocou novos dinamismos espirituais e importantes reformas na Igreja”. Mas gostaria também de “recordar tantas mulheres desconhecidas ou esquecidas que, cada uma a seu modo, sustentaram e transformaram famílias e comunidades com a força do seu testemunho”. A Igreja precisa delas, porque a Igreja é mulher: é filha, esposa e mãe, e quem melhor do que uma mulher para nos revelar o seu rosto? Ajudemo-nos, sem pressões nem lágrimas, mas com discernimento atento, dóceis à voz do Espírito Santo e fiéis na comunhão, a encontrar caminhos adequados para que a grandeza e o papel da mulher sejam mais valorizados no Povo de Deus.” – com estas palavras o bispo de Roma e papa Francisco refere-se às mulheres no “Congresso Internacional Interuniversitário Mulheres na Igreja: Construtoras da Humanidade” [algumas traduções referem em vez de “Construtoras” “Arquitetas”]. Este Congresso realizado na semana passada, quase no Dia Internacional da Mulher, constitui uma forte compreensão do que poderá ser no futuro o seu acesso ao ministério ordenado, e nesse tempo, que se quer próximo, haveremos muitos de pedir perdão às mulheres por as teremos ignorado.
Destacando o tema do congresso e a palavra “Construtoras” ou “Arquitetas”, Francisco diz que: “São palavras que evocam ainda mais claramente a natureza da sua vocação, a de serem “artesãs”, colaboradoras do Criador ao serviço da vida, do bem comum, da paz. E gostaria de destacar dois aspetos dessa missão, que se referem ao estilo e à formação.” O primeiro – refere – que sem dúvida “a mulher, com a sua capacidade única de compaixão, com a sua intuição e a sua tendência natural para “cuidar”, sabe de forma sublime ser, para a sociedade, “inteligência e coração, que ama e une”, levando amor onde quer que esteja, ele não existe, e colocando a humanidade onde é difícil para os seres humanos se encontrarem.”
O segundo, a sua formação, em ambiente académico, que as entrosará “No mundo, onde as mulheres continuam a sofrer tantas violências, desigualdades, injustiças e maus-tratos – e isto é ainda mais escandaloso se for causado por aqueles que professam a fé no Deus “nascido de mulher” (Gálatas 4, 4) – existe uma forma grave de discriminação, que está precisamente ligada à formação das mulheres. Com efeito, em muitos contextos tal formação é temida, no entanto, o caminho para sociedades melhores passa precisamente pela educação de raparigas, adolescentes, mulheres jovens, da qual beneficia o desenvolvimento humano.”
São palavras de Francisco, o papa!