Por Joaquim Armindo
“La Diaconie de La Beauté” (“A Diaconia da Beleza” https://www.diaconiedelabeaute.org/.), é um movimento cristão que fomenta vários festivais de cultura em todo o mundo, possuindo até casas chamadas de “ecologia integral”, sustentado em três grandes dimensões: espiritual, eventos e residencial. Tem ao seu dispor artistas de vários setores como o cinema, teatro, dança, canto, pintura, escultura e demais artes culturais. Baseia-se em duas palavras importantes a “Diaconia” e a “Beleza”, dando assim ao serviço aquilo que só a cultura poderá fornecer a “Beleza” das pessoas e das artes culturais, imbuídos pela espiritualidade cristã. Na altura do seu décimo, 15 de fevereiro passado, aniversário dos “Festivais”, foram recebidos em audiência pelo bispo de Roma e papa Francisco que os exortou “a serem cantores de harmonia entre os povos, cantores de harmonia entre culturas e religiões. A nossa humanidade é abalada por violências de todos os tipos, por guerras, por crises sociais. Neste contexto, precisamos de homens e mulheres capazes de nos fazer sonhar com um mundo diferente, um mundo bonito. Façam as pessoas sonharem, para que aspirem a uma vida plena!”, e comentou as suas dimensões que são de uma cultura viva. A primeira é a espiritual, tendo Francisco dito: “Vossa vocação é ajudar os artistas a criar uma ponte entre o céu e a terra. Quereis despertar neles a busca da verdade, sejam músicos, poetas ou cantores, pintores, arquitetos ou diretores, escultores, atores ou dançarinos ou qualquer outra coisa. Porque a beleza nos convida a uma forma diferente de estar no mundo.”
A segunda dimensão, a que chamam de “eventos”, organiza os festivais de arte “ajuda os artistas a renovar um diálogo fecundo com a Igreja, através de encontros, espetáculos, concertos e performances. É um modo de tornar visível a proximidade da Igreja aos artistas, entrando em diálogo com a sua cultura e com a sua vida, sejam eles crentes ou não.”, refere Francisco no seu discurso. E a terceira a “residencial” é de missão que torna a beleza da arte acessível a todos, Francisco refere-a como um “apostolado”, a criação de “casas de artistas em todo o mundo”, que recriam a “harmonia entre o homem e o meio ambiente.”
“A cultura da beleza sempre nos põe em movimento novamente. Encontrar a beleza de Deus permite-nos recomeçar, recomeçar, no caminho para sociedades mais humanas e mais fraternas” e para terminar o seu discurso Francisco coloca a “cultura da beleza”, como “cuidar do mundo” e “transmitir a mensagem da beleza da natureza”. Pergunta a cada um de nós se somos agentes criadores dessa beleza ou não. Fica a pergunta!