Suspenso desde 2020, foi com alegria que no passado dia 27 de janeiro a Vigararia de Gondomar retomou a celebração do Dia Vicarial do Catequista. Este ano, cerca de 224 catequistas das onze paróquias que compõem esta vigararia rumaram ao salão paroquial de Fânzeres onde foram convidados a refletir sobre o Novo Itinerário de Iniciação à Vida Cristã. Tendo o Padre Tiago Freitas da Arquidiocese de Braga como orador, a manhã dividiu-se em dois momentos fundamentais, especificando «os novos desafios da Pastoral do novo itinerário» e abordando a necessária mudança de paradigma da catequese que este provoca, respetivamente.
Desta forma, partindo de uma reflexão desde da génese das primeiras comunidades de cristãos até aos desafios atuais da urbanidade e do descrédito nas instituições ao longo do tempo, foi lembrado aos catequistas o risco de deixarmos de entender a paróquia como uma comunidade. Numa paróquia que se entende como comunidade, tornam-se importantes os processos de discernimento que pressupõem mais do que alguém que transmita os conteúdos da fé, alguém que acompanhe e provoque a vivência desses mesmos conteúdos.
Neste sentido, o Padre Tiago Freitas sublinhou a necessidade de transformar a catequese pela abordagem do primeiro anúncio, contrariando a sua escolarização e reduzindo o risco de “licenciar cristãos” sem terem aprofundado e vivido a sua fé. Provocando um repensar dos moldes tradicionais de fazer catequese, o novo itinerário rompe, assim, segundo a sua perspetiva, com a “pressa” que existe de se formar crianças e jovens, procurando uma adaptação da catequese à diversidade e presença familiar, fomentando novos processos de acolhimento.
Já da parte da tarde, os catequistas procuraram refletir em grupo as questões: «como, no contexto de trabalho com jovens, se pode articular a transmissão de conteúdos com a vivência real da fé» e «o que é que, enquanto catequista, devo “transformar” atendendo ao modelo catecumenal, que o novo itinerário aponta», partilhando as suas conclusões em plenário.
Este dia de encontro e formação, partilha e convívio terminou em contexto de oração, com a renovação do compromisso por parte dos catequistas em continuar a trilhar este novo caminho, empenhando-se no serviço a Deus e à Igreja nesta sua missão.
(inf: padre João Azinheira)