Voz Portucalense divulga na íntegra nota de D. Manuel Linda.
Ao povo que Deus ama e está na Diocese do Porto
Caros amigos, presbíteros, diáconos e fiéis leigos, na variedade dos vossos estados de vida e de pertença à mesma Igreja que todos formamos: a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
É reconhecido por todos o êxito da recente Jornada Mundial da Juventude Lisboa2023, que tanto comprometeu a Igreja que está em Portugal e, de forma específica, a nossa Diocese do Porto. Mas também tomamos consciência de que não podemos desperdiçar o capital de entusiasmo e o potencial de renovação que ela contém. Celebremos festivamente o primeiro aspeto e disponhamos-nos, desde já, a concretizar o segundo.
Esta JMJ não se confinou, simplesmente, à vivência da fé juntamente com o Papa Francisco, à passagem dos símbolos ou aos “dias da Diocese”. Foi todo um conjunto de preparação e organização que comprometeram muitos e muitos cristãos ao longo de três ou quatro intensos anos. Quero agradecer muito a todos e cada um: ao P. Jorge Nunes e ao Comité Organizador Diocesano (COD), aos sacerdotes e diáconos, aos referentes das Vigararias, aos COP’s, Secretariado da Juventude e outros organismos Diocesanos, à pastoral universitária, catequistas e animadores dos grupos de jovens, Corpo Nacional de Escutas, voluntários, famílias de acolhimento, diversos movimentos e obras que trabalham com a gente nova, aos religiosos, ao magnífico coro que nos ajudou a celebrar a Missa do encerramento dos “dias da Diocese” e à Banda do Exército, às Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, às inumeráveis Instituições colaboradoras, às empresas e financiadores, às Forças de Segurança e de Socorro, etc., etc. O resultado atingido é a soma de todos estes imensos contributos. Que Deus a todos compense. Da minha parte, um muito sentido “bem-hajam”.
E quanto ao futuro? Não temos dúvidas de que Deus conta connosco para metermos mãos à obra de edificarmos um empreendimento memorável: uma Igreja renovada, desperta da letargia do COVID, mais alegre e mais sinodal, uma comunidade crente que seja, efetivamente, marca e sinal da morada de Deus no meio da família humana. Somos chamados a “escutar Deus na voz dos jovens”, a percorrer um novo caminho na perspetiva de compromisso vocacional e a levar uma mensagem personalizada aos outros jovens que não puderam ou não quiseram participar na JMJ. Estamos prontos para isso? Certamente. Conto com todos e cada um dos que se empenharam nesta JMJ. Agora descansemos. Mas a partir de setembro, teremos em mãos a enorme tarefa de dar seguimento à onda de entusiasmo, dinamismo evangelizador e vivência espiritual. Vamos a isso? Posso contar com o contributo, o entusiasmo, o compromisso efetivo e a riqueza de sugestões e ideias de todos, mormente dos jovens?
Volto a agradecer o generoso contributo de tantos fiéis para que esta JMJ constitua, de facto, marca indelével em toda uma geração juvenil. E peço a correspondência à graça para que, agora, não desperdicemos o dom de Deus.
O vosso bispo e irmão,
+ Manuel Linda