Francisco condena destruição de alimentos como arma de guerra.
O Papa apelou hoje às autoridades russas, para que se retome a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, considerando uma “grave ofensa a Deus” a destruição de alimentos como arma de guerra.
“Não deixemos de rezar pela martirizada Ucrânia, onde a guerra destrói tudo, mesmo os cereais”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Francisco falou dos cereais como “um dom de Deus para matar a fome da humanidade”.
“O grito de milhões de irmãos e irmãs que sofrem com a fome sobe ao Céu”, acrescentou.
Após a suspensão do acordo que permitia a exportação de cereais usando portos ucranianos, através do Mar Negro, o Papa dirigiu-se diretamente aos responsáveis de Moscovo.
“Apelo aos meus irmãos, às autoridades da Federação Russa, para que seja retomada a Iniciativa do Mar Negro e o grão possa ser transportado em segurança”, disse.
Francisco recordou ainda o terceiro aniversário da explosão no Porto de Beirute, pedindo que haja “verdade e justiça” e se encontre uma solução “digna da história e dos valores” do Líbano, a braços com uma grave crise económica.
A intervenção evocou duas Jornadas Mundiais promovidas hoje pela ONU, da amizade e contra o tráfico de seres humanos.
O Papa apelou ao desenvolvimento da amizade “entre povos e culturas”, para ajudar a combater o tráfico, “crime que faz das pessoas uma mercadoria”.
Francisco falou de uma “realidade terrível que atinge muitas pessoas”, que vivem em “condições desumanas” e sofrem com a “indiferença e o descarte, por parte da sociedade”.
“Há tanto tráfico, no mundo de hoje”, lamentou.
A Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), da Conferência Episcopal Portuguesa, vai estar presente na JMJ Lisboa 2023, com uma tenda na Cidade da Alegria (Belém), de 1 a 4 de Agosto, “cumprindo o propósito de prevenção de tráfico de seres humanos, em parceria com a CAVITP/RENATE e TALITHA KUM”.
(inf; Agência Ecclesia)