Esta 6ª feira, 28 de julho, o Coliseu do Porto encheu para aplaudir a última récita do musical Via Crucis, inserido no programa dos Dias na Diocese.
Produzido pela companhia Plateia d’Emoções, a peça baseia-se nos últimos momentos da vida de Cristo, desde a sua condenação até à crucificação e redenção. Como numa Via Sacra, “o caminho até à Cruz” (em latim, Via Crucis) é o mote para este musical que, ao longo de 1h15min, narra o trajeto seguido por Jesus do Pretório até ao Calvário, culminando com a Sua ressurreição.
Paralelamente, o musical faz a ponte entre a cruz que Cristo carrega e as cruzes que, atualmente, cada um de nós carrega nas suas vidas mais ou menos complicadas. Apesar das histórias e vidas difíceis de cada personagem retratada em palco, o musical segue um “caminho para a luz” – Via Lucis – terminando com uma mensagem de esperança, tal como a ressurreição de Cristo.
A peça conta com encenação e cenografia de Fernando Tavares, direção musical e arranjos de André Ramos, textos de Liliana Moreira e coreografias e expressão corporal de Mafalda Tavares.
Para além da parte cultural, o programa dos Dias na Diocese do Porto também incluía uma vertente religiosa. Ao longo dos primeiros três dias de DnD, várias igrejas da cidade estiveram preparadas para diferentes dinâmicas espirituais.
O ambiente sereno, a claridade discreta da luz das velas e os ícones na Igreja dos Grilos deixavam adivinhar a oração de Taizé que lá teve lugar nos dias 26, 27 e 28.
A organização esteve a cargo do Comité Organizador Diocesano do Porto (COD), que nomeou paróquias da periferia da diocese – Amarante, Santa Maria da Feira, Válega e Santa Maria de Lamas – para dinamizar as orações.
Um dos animadores conta que a igreja teve muito movimento e que os jovens peregrinos aderiram em larga escala às três orações diárias com início às 14h30, 16h e 17h30.
Este tipo de dinâmica espiritual é inspirado na comunidade ecuménica cristã da vila de Taizé, em Borgonha (França), que se caracteriza por um forte desenvolvimento do sentido de oração e meditação.
Fundado pelo Irmão Roger em 1940, o espírito de Taizé tem um estilo muito próprio – por exemplo, as músicas cantadas nas orações são interpretadas em muitas línguas e refletem, através do seu cariz contemplativo, a natureza meditativa da comunidade. Normalmente, são constituídas por frases simples, na maioria das vezes retiradas de Salmos ou de outras partes da Sagrada Escritura. Apesar de ter surgido numa vila europeia, Taizé prima pela diversidade cultural, procurando acolher pessoas e tradições de todo mundo.
LC