O primeiro ‘Dia na Diocese’ encheu a cidade do Porto de peregrinos que, uma semana antes da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, estão a ser acolhidos pelas várias paróquias da diocese.
No Jardim do Morro, em Gaia, bandeiras de todo o mundo deram ainda mais cor à vista sobre a Ribeira e dançaram abraçadas ao som do festival de música cristã Gaia GodTellers. Só nesta quarta feira, 26 de julho, atuaram no palco da cidade de Gaia artistas do Dubai e Reino Unido (World Youth Dance Crew), Venezuela (Said Nassar), França (Silo) e Brasil (Kuriakos Brazil/Team Kuriakos). O festival prolonga-se por mais dois dias – 27 e 28 de julho – e promete trazer muita animação e música dos mais diversos países, géneros e confissões cristãs – com destaque para a católica e para a evangélica. O cartaz vai do pop ao reggaeton, passando pelo rock, pelo hip-hop e pela música eletrónica, mas sempre com uma mensagem profunda.
O Gaia GodTellers é um festival de música de inspiração cristã, de cariz ecuménico, que surgiu em 2015 pelas mãos do Grupo de Jovens da Paróquia de Canelas. Conta, desde 2018, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia e é já uma referência para a música cristã nacional.
Mafalda Moreira, apresentadora e uma das responsáveis pelo evento, contou à Voz Portucalense que a iniciativa foi inspirada pelas Jornadas Mundiais da Juventude – “Quando regressaram de uma Jornada, os jovens da paróquia queriam mostrar à nossa comunidade um bocadinho da experiência e do espírito que lá se vivia.”. O objetivo é, por isso, semelhante ao das JMJ – “oferecer uma experiência de vivência e expressão da fé numa cultura jovem, sem preconceitos”.
Durante os três dias de festival, Mafalda Moreira garante “muita energia e espírito de festa, tal como num ‘Summer Fest’” e assegura que este será “um dos pontos altos dos Dias na Diocese do Porto.” Para a jovem, este é “um sonho tornado realidade” e a prova de que “quando sonhamos, acreditamos e queremos fazer algo, quando sonhamos no que a Igreja pode ser, isso acontece. Só é preciso força de vontade.”
Do outro lado do rio, os peregrinos juntaram-se aos já habituais turistas. Grupos mais ou menos pequenos, vestem as t´shirts brancas que os identificam, e trazem, na maioria das vezes, a bandeira do seu país às costas. Sente-se a pressa e o entusiasmo no ar por todos os pontos da cidade…
Junto à Torre dos Clérigos – com uma longa fila de espera – Julian e Ivone, do México, já sonham com a semana que esperam viver em Lisboa: “Estamos à espera de conhecer muita gente, de todos os cantos do mundo e, acima de tudo, de festejar muito”, admitem. Ivone espera que os jovens sejam “o exemplo de uma Igreja viva, como um sinal de amor e esperança para os leigos que se sentem afastados de Cristo”.
Já na Avenida dos Aliados, onde diferentes grupos se cruzavam e cantavam em conjunto, Cristopher e Jasmine, de Aberdeen, na Escócia, esperam que esta JMJ seja “uma experiência para aprofundar a sua relação com Jesus e partilhar a sua fé com pessoas de todo mundo”. Ainda assim não escondem a vontade de festejar, “festejar muito”, e aprender mais sobre a cultura portuguesa.
LC