D. Joaquim Dionísio
Foi por vontade do Papa Francisco que me foi confiada uma nova missão que, hoje, se torna pública.
Com a apreensão própria de quem se reconhece limitado, renovo a minha disponibilidade para servir o Senhor onde a Igreja me enviar, confiando na graça e misericórdia de Deus e na caridade fraterna dos irmãos.
Esta hora de anúncio e de agradecimento pela confiança recebida, é também oportunidade para dar graças ao Senhor pelo caminho percorrido e para recordar, agradecido, todos quantos fui encontrando e me ajudaram a caminhar. Gratidão à bela diocese de Lamego, onde nasci e cresci, ao Sr. D. António Couto, aos sacerdotes do presbitério e, sobretudo, às suas comunidades e instituições onde servi. Bem hajam!
O meu olhar volta-se agora para a grande diocese do Porto, para onde o Senhor me envia. Na pessoa do seu bispo, D. Manuel Linda, a quem agradeço a confiança e o acolhimento, saúdo todos os que vivem nesse vasto território, pleno de vida e marcado pela fé, manifestando-lhe total disponibilidade e lealdade para com ele colaborar no serviço ao Povo de Deus.
No caminho que a todos juntos é dado percorrer, conscientes da presença do Senhor Ressuscitado e atentos às circunstâncias, sabemo-nos sempre amparados pela solicitude protetora da Mãe, a Senhora da Assunção, a quem me confio.
D. Roberto Mariz
No caminho da fé e do compromisso eclesial, o Papa Francisco convidou-me para a missão episcopal como Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. Com humildade e a entrega de um “servo da vinha do Senhor”, manifesto a gratidão pela confiança em mim agora depositada, colocando total dedicação à missão agora confiada. Coincide com o dia de S. Filipe Néri, 26 de maio, “Santo da Alegria e da Bondade”; peço-lhe a interseção para que Deus me conceda sempre a graça do sorriso e da bondade.
A Arquidiocese de Braga é uma referência pela fé vivida e comprometida das suas gentes. Iniciada, segundo a tradição, com S. Pedro de Rates – discípulo de Santiago -, onde nasci, cresci e me comprometi na fé, quero expressar a minha profunda gratidão a todos que colaboraram, ajudaram e fizeram parte da minha vida e missão ao longo de todos estes anos nas paróquias e instituições da Arquidiocese de Braga, estendendo a gratidão às entidades civis.
Ao Arcebispo Metropolita de Braga e Primaz das Espanhas, D. José Cordeiro, um abraço muito amigo e grato pela amizade e confiança que desde o início depositou em mim neste tempo em que trabalhamos sinodalmente; estendo a gratidão aos Bispos Auxiliares, D. Delfim Gomes e D. Nuno Almeida (agora nomeado Bispo da Diocese de Bragança-Miranda), e ao Arcebispo Emérito, D. Jorge Ortiga, pelos longos anos de trabalho e confiança.
A missão agora confiada situa-me na Diocese do Porto. Saúdo o Povo de Deus da grande e bela Diocese do Porto. Ao Bispo da Diocese do Porto, D. Manuel Linda, entrego a minha amizade com a completa disponibilidade para servir a Diocese do Porto em total lealdade, com dedicação e empenho. Igualmente saúdo com afeto os Bispos Auxiliares, D. Pio Alves e D. Vitorino Soares, situando-me como um irmão mais novo a aprender e a crescer na missão episcopal; estendo a saudação e amizade ao D. Joaquim Dionisio, agora nomeado companheiro de missão para Bispo Auxiliar do Porto. Alargo o coração a todos os sacerdotes, diáconos, religiosos/consagrados e leigos da Diocese do Porto; manifesto a solicitude a todas entidades civis, académicas e militares que estão abrangidas nesta Diocese, com o enfoque claro nas mãos dadas que devemos ser na construção do bem comum em favor das pessoas que confiam no nosso trabalho.
Saúdo as crianças, os jovens, os adultos e as pessoas idosas, tendo presente a atenção especial que é devida aos que sofrem de alguma fragilidade; somos todos convocados para sermos o Povo de Deus amado e alegre que caminha na esperança.
Integro-me no tema pastoral da Diocese do Porto do corrente ano: “Abraça o Presente! Juntos por um caminho novo”, para me situar nesse abraço e nesse caminho novo realizado em conjunto, tendo como modelo Nossa Senhora ao visitar, abraçar e ajudar a prima Santa Isabel. Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Diocese do Porto, me proteja com a ternura de uma mãe que nos acaricia e ampara.
Finalmente, como lema episcopal: “como barro nas Suas mãos” – “sicut lutum in manu mea” (cf. Jr 18, 6) -, situo a existência humana como o barro que é moldado com amor e ternura pelas mãos de Deus, que nunca desperdiça o barro [ser] humano, mas sempre o acarinha e refaz com a Sua bondade. Deus nos dê a graça de sermos moldáveis pela misericórdia de Deus e de sermos mãos que cuidam dos outros. “Continuamos e continuaremos até ao fim um barro fresco, um sonho possível nas mãos desse Oleiro apaixonado que é Deus” (Tolentino Mendonça).