Vigília Pascal: “dor” e “morte” vividas por Jesus são “meio de chegada à luz” e “à glória definitiva do Pai”

O bispo do Porto sublinhou que sem o “dado da fé solidificado sobre a ressurreição do Senhor” a história de Jesus seria uma narração de “tristeza” e “frustração”.

“Vimos do nada e destinamo-nos ao Tudo”, foi com esta frase que D. Manuel Linda tentou sintetizar a profundidade das leituras propostas pela longa e intensa Liturgia da Palavra da Vigília Pascal vivida na noite de sábado 8 de abril.

“As leituras que escutamos começam por referir a criação, gesto amoroso de Deus que, a partir do não-existente cria o universo e a vida para que a pessoa humana tenha meios de sustento e um lugar belo para habitar. Depois, relatam-se dados que referem que Deus está sempre com a pessoa, para a salvar, não obstante o pecado e o afastamento. Por fim, abre-lhe a porta da eternidade feliz, removendo a grande pedra que a vedava e que parecia inamovível”, disse D. Manuel Linda.

O bispo do Porto sublinhou que sem o “dado da fé solidificado sobre a ressurreição do Senhor” a história de Jesus seria uma narração de “tristeza” e “frustração”.

“Porém, para quem tem fé, a história da salvação é radicalmente diferente. Faz-nos ver que a nossa vida não se desfaz no encontro violento contra a pedra do sepulcro, mesmo que o pareça, mas, porque batizados e unidos ao Senhor, vamos ao encontro da ‘pedra viva’, que é Jesus”, afirmou.

D. Manuel Linda frisou que na “história do Ressuscitado” a “dor” e a “morte” vividas por Jesus são um “meio de chegada à luz” e “à glória definitiva do Pai”.

“Não percamos a memória viva de Jesus”, disse o bispo do Porto na conclusão da sua homilia.

RS