A paróquia do Divino Salvador de Carregosa (Oliveira de Azeméis) viveu no passado dia 19 de Março, IV domingo da Quaresma e Domingo da Alegria, um momento alto com a celebração da Eucaristia de ação de graças pela conclusão das obras de restauro da igreja matriz, “este espaço em que nos reunimos e celebramos a fé que nos une, este espaço onde escutamos e nos alimentamos do nosso Deus”, como salientou o P. José Joaquim Ribeiro. Foi o momento, para “darmos graças a Deus pela conclusão das obras de restauro da nossa igreja matriz”.
À festa da paróquia de Carregosa associaram-se, entre outros, D. António Bessa Taipa, emérito bispo auxiliar da diocese do Porto, que presidiu à Eucaristia solene, bem como o P. Pedro Ferreira, provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços e diretor do Serviço Nacional de Liturgia, bem como os diáconos José Vieira e o Carmelita Francisco Braguês.
Na homilia, D. António Taipa fez notar que Jesus apresenta-se-nos como luz do mundo. “Fundamental para a vida do homem, criatura de Deus, a Luz possibilita a vida do homem, a descoberta de si mesmo, o encontro com o seu semelhante, com Deus e com o mundo, casa comum em que o criador nos colocou”. E acrescentou: “Sem a Luz o homem não se encontra, fica entregue à sua solidão, isola-se, morre. Só, o homem não é”.
Dissecando sobre a importância da luz na vida humana, o prelado lembrou que ela tem “um lugar único na história da revelação, na história humana” e que “Jesus é essa luz encarnada, a Palavra do Pai, a última e definitiva, a nossa luz, a nossa esperança”.
Conforme os últimos papas têm acentuado, pedindo a todos os homens que se deixem encontrar por Jesus Cristo, D. António Taipa referiu que o espaço privilegiado para esse encontro é o templo, “este espaço que acabamos de renovar para o efeito, tornando-o mais cómodo e aprazível. Aqui, lembrou o prelado, de modo especial na celebração eucarística, alimenta-nos com o Pão da sua Palavra e com o Pão Eucarístico. Este espaço que renovamos, acrescentou, há-de marcar a nossa vida cristã”.
Logo no início da celebração eucarística, D. António Taipa recordou a passagem por Carregosa, ainda jovem. “Venho a Carregosa com muita felicidade. Foi aqui, há sessenta e tal anos, tinha 20 anos, ainda seminarista, que senti as primeiras alegrias de ser padre, onde me senti feliz em ser padre, quando ainda não o era”.
No final, o P. José Joaquim Ribeiro agradeceu ao povo pois, justificou, “foi convosco que isto tudo foi possível. Hoje dou graças a Deus por vós, pela vossa dedicação, a vossa generosidade e empenho para que isto fosse avante”. O pároco relevou e agradeceu a presença do Comendador Fernando Pinho Teixeira, pois “só graças à sua generosidade foi possível levar a cabo as obras no interior da igreja e o restauro das imagens, e também a ele devemos o convívio aberto a todos”.
Nos agradecimentos não esqueceu quantos colaboraram, quer empresas, quer particulares, os que trabalharam nas diversas angariações de fundos, quer em mão de obra, que deram do seu tempo e do seu dinheiro. O P. José Joaquim relevou ainda “o trabalho do Conselho Paroquial para Assuntos Económicos, quantos colaboraram mais de perto connosco, desde a Comissão Permanente de Pastoral, ao Conselho Pastoral entre outros, sem esquecer os grupos paroquiais pelo seu empenho para que hoje se celebrasse com todo o júbilo e alegria este acontecimento. Foi abraçar um projeto ambicioso para estes tempos, com todos os riscos e peripécias que aconteceram pelo caminho. Mas Deus esteve sempre connosco!”.
No final da celebração, no adro da igreja matriz, quantos quiseram estar presentes, puderam conviver à mesa, graças à generosidade do Comendador Fernando Pinho Teixeira.
As obras iniciadas há três anos incidiram na vedação e impermeabilização das torres sineiras, pintura exterior e tratamento da pedra, pintura interior, remodelação do sistema elétrico, arranjo do soalho, envernizamento do teto, restauro dos bancos com oferta da mão-de-obra, restauro dos altares e início do restauro das imagens, bem como uma intervenção no órgão de tubos, concretamente a entonação e revisão da mecânica.
Para tanto a paróquia encetou diversas iniciativas, nomeadamente peditório porta a porta e nas empresas, a venda do pão da boa vontade, leilões de lenha e ofertas particulares, quer monetárias quer em géneros.
(inf: António Rebelo da Costa)