
O Patriarcado de Lisboa anunciou na terça-feira, 21 de março, o afastamento temporário de quatro sacerdotes, após uma recomendação da Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.
“O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, determinou o afastamento preventivo, também designado como proibição do exercício público do ministério, de quatro sacerdotes no ativo, recomendado pela Comissão Diocesana”, refere uma nota enviada à Agência Ecclesia.
Em causa está a lista de cinco nomes entregue pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja em Portugal a D. Manuel Clemente, no dia 3 de março, e posteriormente transmitida à Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, que tem como moderador interino o antigo procurador-geral da República José Souto Moura.
O comunicado sublinha que “não existe uma acusação formal a nenhum destes sacerdotes que, contudo, ficam assim afastados do exercício público do seu ministério, enquanto decorrem todas as diligências dos seus processos”.
“Os sacerdotes solicitaram a rápida busca da verdade e da justiça, abrindo-se agora a investigação prévia de cada um dos casos, que posteriormente será enviada ao Dicastério para a Doutrina da Fé”, acrescenta o comunicado.
O quinto nome referido pela CI é de um padre que também se encontra no ativo e “já tinha sido sujeito a medidas cautelares”.
A CI Portugal apresentou a 13 de fevereiro um relatório, no qual validou 512 testemunhos, apontando a um número de 4815 vítimas, entre 1950 e 2022, e entregou aos responsáveis católicos de Portugal uma lista com nomes de alegados abusadores, no dia 3 de março.
A 10 de março, o Patriarcado de Lisboa informou que D. Manuel Clemente tinha recebido uma lista com os nomes de cinco sacerdotes ainda no ativo, num total de 24 pessoas identificas como alegados abusadores.
(inf: Agência Ecclesia)