Papa na oração do Angelus lembrou as mães ucranianas e russas

Francisco sublinhou o sofrimento das “mães das vítimas da guerra”

No passado domingo, dia 8 de janeiro, o Papa Francisco, durante a oração do Angelus, lembrou os “irmãos e irmãs ucranianos” que “sofrem tanto com a guerra”. “Um Natal em guerra”, frisou.

“Não esqueçamos irmãos e irmãs ucranianos, que sofrem tanto com a guerra: este Natal em guerra, Natal de guerra, sem eletricidade, sem calor, sofrem muito”, referiu o Santo Padre.

Em particular, Francisco quis sublinhar o sofrimento das “mães das vítimas da guerra”, assinalando que “as mães ucranianas e as mães russas, ambas, perderam os seus filhos”.

“E hoje, vendo Nossa Senhora que carrega o Menino no Presépio, amamentando-o, penso nas mães das vítimas da guerra, dos soldados que tombaram nesta guerra na Ucrânia. As mães ucranianas e as mães russas, ambas, perderam os seus filhos”, disse o Santo Padre.

Recordemos que o Papa tem constantemente apelado à paz desde o início deste conflito em 24 de fevereiro de 2022, multiplicando-se em iniciativas. A 24 de novembro, dia em que se assinalava o nono mês da guerra na Ucrânia, Francisco enviou uma carta aos ucranianos da qual destacamos este excerto:

“Queridos irmãos e irmãs ucranianos!

Desde há nove meses que se desencadeou, na vossa terra, a absurda loucura da guerra. No vosso céu, não para de ribombar o sinistro fragor das explosões e o silvo alarmante das sirenes. As vossas cidades são marteladas pelas bombas enquanto chuvadas de mísseis provocam morte, destruição e sofrimento, fome, sede e frio. As vossas estradas viram muita gente obrigada a fugir, deixando suas casas e amizades. A par dos vossos grandes rios, correm diariamente rios de sangue e lágrimas.

Quero unir as minhas lágrimas às vossas, assegurando-vos que não há um dia em que não esteja unido convosco e não vos traga no meu coração e na minha oração. A vossa dor é a minha dor. Hoje, na cruz de Jesus, vejo-vos a vós; vós que sofreis o terror desencadeado por esta agressão. Sim, a cruz que torturou o Senhor revive nas torturas achadas nos cadáveres, nas valas comuns descobertas em várias cidades, nestas e em muitas outras imagens cruentas que penetraram na alma fazendo elevar-se um grito: Porquê? Como podem homens tratar assim outros homens?”.

RS