Novos diáconos: para o “serviço litúrgico” e o “exercício da caridade”

Na ordenação de quatro novos diáconos, D. Manuel Linda exortou-os a assumirem nas suas vidas “a plena e contínua saída de si para ir ao encontro de Deus e dos irmãos, como fez a Imaculada”. Alertou para o perigo do “exercício de uma negativa forma de liderança”.

Na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, foram ordenados pelo bispo do Porto quatro diáconos em ordem ao presbiterado. Bruno Miguel Coelho Aguiar, de Moreira da Maia, Filipe Ramos dos Santos, de Malta, Vila do Conde e Pedro Manuel Lopes da Cunha, de Besteiros em Paredes, são alunos do Seminário Maior do Porto. Delphinus Fulgense Kalatunga é Missionário da Consolata.

Na celebração estiveram os bispos auxiliares do Porto, D. Pio Alves e D. Vitorino Soares, que é também reitor do Seminário Maior do Porto. Também presente o recém-nomeado bispo de Angra nos Açores, D. Armando Domingues, que foi bispo auxiliar do Porto entre 2018 e 2022.

Na homilia da Missa na Catedral do Porto, no dia 8 de dezembro, D. Manuel Linda sublinhou que os diáconos são ordenados para o “serviço litúrgico” e o “exercício da caridade”.

“Inerente às tarefas ministeriais a desempenhar pelo Diácono está o serviço litúrgico do Altar e o exercício da caridade na relação com quem partilha a mesma natureza humana”, afirmou D. Manuel Linda.

Exortou os novos diáconos a assumirem nas suas vidas “a plena e contínua saída de si para ir ao encontro de Deus e dos irmãos, como fez a Imaculada”.

O bispo do Porto alertou, contudo, que os “ministros ordenados” não existem para o exercício de uma negativa forma de liderança” nem para “relevo social”, mas para repetir o sim de Maria.

“Aceitamos o olhar cativante de Jesus e não nos escondemos d’Ele, tomamos consciência bem clara daquilo a que nos comprometemos para o resto da vida e ousamos repetir as palavras da Mãe: Eis-me aqui”, disse o prelado.

Recordou, segundo o Papa Francisco, três ídolos a evitar na vida de ministros ordenados: o da “mundanidade espiritual, que consiste numa certa ideia de triunfalismo”; o “pragmatismo dos números” que esquece “o contacto personalizado” e “o funcionalismo que nos leva a pensar que se não faltarem as Missas, os funerais e os sacramentos já tudo está bem”, assinalou D. Manuel Linda.

No final da sua homilia, o bispo do Porto lembrou o seu antecessor, D. António Francisco dos Santos que naquela data “celebraria cinquenta anos de um zeloso e santo serviço sacerdotal”.

RS