A tarde do domingo passado, primeiro domingo do Advento, estava fria e chuvosa. Apesar disso, não se tornou em obstáculo para que, vindos daqui e de além, centenas de pessoas se constituíssem em assembleia para celebrar a eucaristia e o sacramento do crisma em favor de setenta jovens, pertencentes a algumas paróquias da vigararia da Maia, a saber: Águas Santas, Barca, Corim, Gueifães, Maia, Milheirós, Pedrouços, Vermoim e Vila Nova da Telha.
Estando presentes os párocos dos jovens em causa, presidiu à celebração D. Pio Alves, bispo auxiliar. Ao dirigir-se aos crismandos, D. Pio começou por lembrar que, pais e padrinhos, e particularmente as comunidades paroquiais, fizeram o possível para os preparar para o sacramento da maturidade cristã. Daí que, em seu nome pessoal e da diocese, queria mostrar-lhes como se sentia grato por tanta dedicação, apesar das dificuldades atuais e da possível tentação do desânimo.
O número destes jovens, que aprenderam a conhecer e a amar Jesus Cristo, era muito significativo e esperançoso, aguardando-se que agora venham a fazer a outros, das suas comunidades, o que também eles receberam. Evocando o Papa Francisco, que várias vezes tem chamado a atenção para o “mundanismo”, para a indiferença, como sendo o maior perigo que, atualmente, a Igreja enfrenta, D. Pio pediu aos jovens que tentem resistir à influência desta doença, que corrói a fé das pessoas e das comunidades.
Para terminar, chamou atenção dos presentes para as implicações do facto de estamos a iniciar um novo ano litúrgico com o tempo do Advento. Lembrou o profeta Isaías que aponta para a vinda do Messias e com Ele um tempo novo, em que “as espadas se converterão em relhas de arado e as lanças em foices”, muito embora, os acontecimentos que temos vivido, nos tenham mostrado o contrário.
A vivência deste Pentecostes na Maia, certamente irá contribuir para que a esperança que acalentamos se torne mais forte e as nossas comunidades cristãs mais vivas. Em boa verdade, aquilo que puxa a vida, e particularmente a dos cristãos é a da esperança. Foi esta mensagem transmitida a estes jovens, de quem se espera fidelidade e compromisso perante as comunidades a que pertencem.
Lembramos que esta celebração reuniu mais de seis centenas de fiéis que participaram ativa e vivencialmente na celebração, o que constitui sinal da vitalidade das comunidades paroquiais. (P. O.)