Conselho Presbiteral aprofunda reflexão sobre a síntese sinodal diocesana

Foto: Rui Saraiva

Sacerdotes expressaram voto de comunhão com o bispo do Porto.

O Conselho Presbiteral da Diocese do Porto reuniu, em sessão ordinária, a 16 de novembro último, na Casa Episcopal, tendo como ponto principal de agenda a reflexão sobre a Síntese Diocesana da consulta para o Sínodo de 2023/24.

Depois da oração inicial, saudamos o Sr. D. Armando Domingues pela sua nomeação para a diocese de Angra do Heroísmo, agradecendo estes quatro anos em que serviu a Igreja do Porto com dedicação, simpatia e saber, e desejando-lhe um ministério abençoado pelo Senhor que o envia em nova missão.

Depois de apresentadas as razões da ausência do Conselho Presbiteral na Nota de Solidariedade com D. Manuel Linda, antes publicada, foi proposto e aprovado um voto de plena comunhão do Conselho Presbiteral com o nosso Bispo. Representando o clero da diocese, este Conselho manifesta uma inquestionável, e nunca posta em causa, postura de comunhão com D, Manuel Linda, mormente em tudo quanto respeita ao cuidado devidos às vítimas de qualquer forma de abuso e ao compromisso de tratar qualquer suspeita com rigor, justiça e transparência, bem como de implementar as medidas preventivas necessárias para tornar os espaços eclesiais lugares seguros.

Ainda antes da Ordem do Dia, o P. Samuel Guedes, Ecónomo diocesano, esclareceu alguns aspectos do funcionamento da Casa Diocesana de Vilar e do decorrer do processo de obras no edifício do Seminário Maior.

Analisando a Síntese Diocesana, a partir das questões propostas para a preparação da fase continental do Sínodo, salientamos que este texto é um instrumento de trabalho que, quando confrontado com a Síntese Nacional e com o documento para a fase continental, se mostra em plena sintonia. Um certo tom negativo na análise da realidade diocesana é consequente com um processo que procura encontrar as linhas de mudança, essenciais para uma Igreja que se quer relevante na vida de todos.

Dos trabalhos de grupo, mais uma vez, ficou patente o agrado com que o processo foi acolhido nas comunidades e o desejo de que continue, de modo a promover o crescimento de uma Igreja sinodal. Os temas onde a vida das pessoas choca com a proposta da fé, geradores de tensão e discórdia, devem ser aprofundados. Para isso, é essencial, em todos os âmbitos da Igreja, uma formação abrangente e sistemática, que ouse novos métodos. Essencial é, também, cuidar o acolhimento e o acompanhamento, bem como a vida espiritual de todos. Na conclusão do Conselho, o senhor Bispo viria a condensar este espírito na expressão de “desvestir a cristandade para vestir a missão”, reforçando a preocupação com a formação e o acompanhamento do clero e confiando esse cuidado a este Conselho.

Houve ainda ocasião para apresentar o trabalho da comissão para o projecto de formação permanente dos sacerdotes, antes nomeada pelo Conselho. Este tema ocupou as três sessões anteriores deste órgão e desemboca numa proposta de trabalho que foi unanimemente acolhida. Desta proposta, nascerá a nova equipa que, por três anos, cuidará a formação permanente dos sacerdotes da diocese, dando assim resposta a uma das inquietações do processo sinodal.

O Conselho Presbiteral continuará a tratar temas da vida e ministério dos presbíteros, seguindo a orientação deixada pelo Bispo do Porto.

(inf: Conselho Presbiteral, diocese do Porto)