O Secretário Geral das Nações Unidas apela a um acordo entre países ricos e pobres e a “mais urgência, mais ambição” para que seja possível “reconstruir a confiança entre o norte e o sul do planeta”.
Começou neste domingo dia 6 e decorre até 18 de novembro, no Egito em Sharm el-Sheik, a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27).
São esperados mais de 35 mil participantes num evento que tem lugar durante uma grave conjuntura política internacional. Uma situação de crise energética, alimentar e económica, influenciada pela guerra provocada pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Sobre tudo isto falou o Secretário Geral das Nações Unidas em entrevista ao jornal britânico The Guardian no passado dia 4 de novembro. António Guterres recordou que o compromisso de dar às nações mais pobres do planeta 100.000 milhões de euros até 2020, no âmbito da ajuda à proteção climática, não foi cumprido.
O Secretário Geral das Nações Unidas apelou nesta entrevista a um acordo entre países ricos e pobres e a “mais urgência, mais ambição” para que seja possível “reconstruir a confiança entre o norte e o sul do planeta”.
O responsável alerta mesmo que “não há como evitar uma catástrofe se ambos não chegarem a um acordo neste sentido”.
“Estamos todos condenados” se não houver um acordo, avisa.
António Guterres afirma que o mundo, na situação atual, aproxima-se de uma crise climática que poderá ser “irreversível”.
“Nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar o nosso vício em combustíveis fósseis. Perante isto, temos uma de duas opções: ou a ação coletiva, ou o suicídio coletivo”, declarou.
RS