Evangélicos, católicos, anglicanos e islamistas tomam posição sobre eleições no Brasil

A Frente de Evangélicos, padres da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e do Movimento Igreja e Saída, o Comité Islâmico do Brasil, a Aliança de Batistas do Brasil, a Igreja Espiritualista do Brasil, a Igreja Betesda, o Coordenador da sanga budista, e mais de uma centena de cristãos e outras tradições religiosas tomaram posição sobre as próximas eleições brasileiras, começando por afirmar que  “Nós, líderes religiosos e praticantes de diferentes credos e tradições, direcionamos nossa voz ao povo brasileiro. Nesse momento político conturbado, violento e disputado pelas redes sociais, convidamos todas as pessoas a assumirem sua cidadania, escolhendo cuidadosamente seu candidato e verificando seu alinhamento com os valores comuns a todas as mais diversas tradições de fé que permeiam o coração do nosso povo, como a defesa da PAZ e da JUSTIÇA, a condenação a qualquer forma de violência contra o próximo e a defesa dos pobres e oprimidos.” Condenando o “abandono dos acordos internacionais”, não podem aceitar o “caminho da violência” e afirmam que estão juntos na luta pela convivência humana, por isso, contra a “miséria e a fome” apoiam o “ex-presidente Lula”. Esta é uma das posições conjuntas de católicos romanos, evangélicos, budistas, islamistas e outras igrejas, que não se reveem nas atitudes tomadas por algumas igrejas evangélicas que proliferam no Brasil.

Também a Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil, baseando-se em São Lucas 19, 39-40, “Alguns dos fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus: “Mestre, repreende os teus discípulos! “Eu lhes digo”, respondeu ele, “se eles se calarem, as pedras clamarão”, dirigiu um apelo a todo o povo brasileiro para que se fomente a dignidade da pessoa humana; a fraternidade; a integridade da criação divina; o respeito à pluralidade religiosa; a inclusividade; a promoção e garantia dos direitos humanos”. Assim, não se podem “calar” e denunciam “o caráter antidemocrático, violento, excludente e promotor da morte, do governo atual no Brasil.” Lembram “os povos indígenas, e as mulheres e crianças indígenas em especial, têm vivido uma ameaça constante de sua integridade física, moral, cultural e religiosa, pela aliança entre este governo e a mineração, assim como o desrespeito aos seus territórios tradicionais, levando morte para as populações, suas lideranças e ativistas da causa ambiental e indigenista.”

Estes alguns exemplos do que múltiplas igrejas brasileiras pensam sobre as eleições presidenciais no Brasil.

Joaquim Armindo