JMJ 2023: alegria no acolhimento dos símbolos pelos hospitais

O dia 7 de outubro ficou marcado pela abrangência de idades que estiveram presentes nos vários momentos com os símbolos da JMJ. A missa na Casa Sacerdotal permitiu o contacto com padres mais velhos e a festa na Asprela acolheu jovens adolescentes.

“É importante preparar as receções com todo o amor. São símbolos preciosos que andam a caminhar pelo mundo por isso temos de os receber com a maior alegria”, diz Rosário Brito e Faro.

O dia começou no Hospital Santo António, onde a cruz e o ícone encontraram na capela daquele antigo hospital um local perfeito para serem admirados. A manhã abriu na capela, com as palavras do padre Abílio que “lançou a semente” da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para todos os presentes.

Entre jovens estudantes, profissionais de saúde e doentes eram várias as razões para estar ali, mas todas com o objetivo de admirar os símbolos da JMJ.

“É uma graça ter estes símbolos no hospital. Neste lugar de tanto sofrimento e que precisa de esperança”, conta Pedro, estudante de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

Antes de ter início a Missa, ainda houve tempo para ouvir uma breve explicação da origem da cruz peregrina e do ícone mariano. A multidão ia-se moldando com as pessoas que passavam naquele local aberto e agradável para a contemplação.

Júlio Oliveira, enfermeiro no hospital, era um dos presentes e também destacou a esperança que os símbolos trazem. “Significa esperança, pela história do símbolo e por estar num hospital” – afirmou.

O enfermeiro de 50 anos também referiu que a presença dos símbolos remete para a primeira Jornada em que participou. Acrescentou que a presença dos símbolos motiva os novos e os menos novos. “Fez-me recordar a minha primeira jornada”, disse, ironizando que desta vez conseguiu estar mais perto dos símbolos.

Os jovens presentes destacaram o “amor” e a “força da igreja, que tem muito por onde crescer”.

No início da tarde, os símbolos também marcaram presença no Hospital de São João. A cruz e o ícone foram carregados pelos voluntários e por estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), até ao último andar, onde se situa a capela.

Este espaço de contemplação encheu-se com alunos, profissionais de saúde e doentes que quiseram ver de perto estes símbolos.

Acompanhado por um coro, teve lugar uma celebração na qual foi recitado o terço, orientado pelos estudantes.

Também na FMUP, os universitários destacaram a alegria de ter os símbolos na faculdade. “Termos os símbolos no hospital e na faculdade dá uma energia renovada e uma força para enfrentar o ano”, conta Ana Ferreira.

A jovem de 22 anos também destacou a importância de contar com os símbolos num local de sofrimento. “Poder ver pessoas vulneráveis a fazer a adoração da cruz é sempre bom”.

Confluência intergeracional na casa sacerdotal e nas festas

Apesar de todos os eventos estarem direcionados aos jovens, o padre Jorge Nunes ressaltou a importância de os símbolos terem visitado a Casa Sacerdotal.

“Se há lugar em que era importante os símbolos estarem era aqui”, confessou o sacerdote no final de uma Missa concelebrada pelos padres velhinhos que vivem naquela instituição diocesana.

Esta celebração teve lugar agradável jardim da Casa Sacerdotal e contou também com a presença de alguns jovens.

“Por mais que a JMJ seja direcionada para a juventude, não nos podemos esquecer dos padres”, revelou Beatriz Aquino.

“Esta missa foi uma surpresa porque eu estava a sair de casa para ir a uma missa e de repente olhei para fora de casa e vi uma missa com os símbolos da JMJ”.

O encontro de várias gerações não ficou pela casa sacerdotal. Ao final da tarde os símbolos estiveram no parque da Asprela onde foram vistos por vários adolescentes.

Estiveram reunidos alunos do Colégio dos Salesianos e do Colégio da Paz.

Usufruindo da curiosidade que caracteriza a juventude, foram vários os estudantes que fizeram questões de fé ao bispo auxiliar D. Vitorino Soares.
Depois de vários momentos musicais, protagonizados pelos alunos e pela tuna feminina da FMUP, os símbolos seguiram caminho para a Casa Maria Droste.

A noite começou com uma grande receção por parte da paróquia de Paranhos, onde, mais uma vez, se verificou que esta peregrinação não tem idades.

O dia concluiu-se com convívio e vários momentos musicais com a participação de alguns idosos, que com os jovens protagonizaram um momento de oração.

MC