JMJ 2023: símbolos dão esperança aos jovens do Porto

Foto: Rui Saraiva

Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) caminharam pela cidade do Porto. Dia terminou na Igreja do Seminário de Vilar, onde foi apresentado o novo centro da Pastoral Universitária.

Decorreu no Seminário de Vilar na noite de 6 de outubro uma Missa seguida de convívio académico na presença dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

“Sinto esperança na Igreja. Tudo está muito próximo, uma cruz que foi tocada por São João Paulo II está a um metro de mim”, é o que conta à Voz Portucalense José Sarmento, um dos muitos jovens presentes no convívio realizado no Seminário de Vilar.

Foi com esperança e vontade de seguir Jesus que os jovens acompanharam a peregrinação dos símbolos no primeiro dia de quatro na cidade do Porto.

O dia 6 de outubro longo contou com a presença de vários grupos que participaram ativamente nas atividades realizadas. Ainda assim, o dia preenchido não fez com que os jovens quisessem parar. “S. João Maria Vianey dizia que ‘descansar é no céu’. É muito importante estar nestes eventos”, disse António Fonseca, estudante na Faculdade de Direito da Universidade do Porto.

A noite acabou com uma missa seguida de uma ceia. O caldo verde e as bifanas foram alimentando os jovens que se animavam com o convívio.

Depois da eucaristia foi apresentado, pela primeira vez, o novo “Centro In Manus Tuas” (CIMT), que pode ser pela primeira vez visitado pelos jovens que participaram neste dia de peregrinação dos símbolos.

“Tem espaços para todo o tipo de coisas. Está bastante acolhedor e vale a pena vir”, admite Margarida Rothes, depois de visitar o espaço que pretende ser uma “casa para todos”, como disse o bispo do Porto, na homilia.

António Fonseca também elogiou o novo espaço do CIMT, como forma de “unir todos os universitários”.

Vários movimentos unidos em torno dos símbolos

O fator congregador da cruz peregrina e do ícone mariano foram destacados por vários jovens, que assinalaram a multiplicidade de movimentos presentes.

“Nós não vivemos isto sozinhos vivemos uns com os outros. Perceber que estão aqui mil coisas para o mesmo dá uma alegria imensa”, explica Paulo Martinez.

A união dos vários movimentos foi notada na entreajuda com que foi preparada a ceia e todos os momentos da eucaristia presidida pelo bispo do Porto.

“É muito bonito de ver toda a gente tão ligada pela mesma causa”, confessa Inês Novais.

A presença de todos gira em torno do mesmo, a presença dos símbolos e a preparação de um caminho para a JMJ.

Margarida não hesita em dizer que a presença dos símbolos lhe provoca “arrepios inexplicáveis”. Já Paulo garante que olhar para a cruz e para o ícone o faz pensar “em toda a experiência de fé”. “Só o facto de olharmos dá sentido à nossa fé”, acrescenta.

D. Manuel Linda pediu coragem aos jovens

Numa homilia direcionada à juventude presente na Igreja do Seminário de Vilar, o bispo do Porto apelou a que os jovens “não tenham medo de seguir a vida sacerdotal”.

“Há mais apreço pela figura do sacerdote do que no passado. Os cristãos que o são convictamente sabem que precisam da figura do Padre.”

Numa cerimónia que contou com um coro exemplarmente dirigido, que cativou e deu outro brilho à eucaristia, D. Manuel Linda olhou, como não poderia deixar de ser, para os símbolos.

“O nosso mundo precisa de um motivo que o congregue”, disse. O bispo do Porto atentou também à simplicidade dos símbolos que mesmo assim são observados por pessoas de todo o mundo.

A homilia rematou com um aviso do bispo natural de Resende, que avisou quanto aos riscos de um “regresso ao fundamentalismo”.

Durante o mês de outubro os símbolos da JMJ vão percorrer toda a diocese do Porto. A 30 de outubro serão entregues à diocese de Setúbal.

Os símbolos foram impostos pelo Papa João Paulo II. A cruz em 1984 e o ícone de Nossa Senhora em 2000

O mesmo pontífice deu origem à JMJ, depois do sucesso do Ano Internacional da Juventude, em 1985, em Roma.

MC