Após uma viagem de 19 dias ao Brasil, no âmbito das comemorações do bicentenário da independência daquele país irmão, o coração de D. Pedro IV voltou ao seu lugar de sempre na Igreja da Lapa. Foi no domingo dia 11 de setembro numa cerimónia presidida pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
A Igreja da Lapa encheu-se para ver o regresso do coração de D. Pedro ao seu lugar de sempre. Os acordes do magnífico órgão de tubos, na interpretação do maestro Filipe Veríssimo, criaram o ambiente para um momento muito especial no qual tomou parte também a provedora da Irmandade da Lapa, Maria Manuela Rebelo.
Acompanhando o momento solene, que marca o regresso da relíquia do monarca ao mausoléu onde está guardado há quase 200 anos, houve registo de um apontamento musical no grande órgão de tubos, com interpretação de uma obra de J. S. Bach.
O vaso de vidro com o coração de D. Pedro IV, foi levado pelo comandante da Polícia Municipal, António Leitão da Silva, com guarda de honra militar, até ao altar-mor, sendo entregue ao presidente da Câmara Municipal do Porto.
Seguiram-se depois todos os procedimentos de colocação e fecho da caixa de mogno, onde está depositado o coração, e colocação da urna no mausoléu. Por sua vez, a provedora da Ordem da Lapa entregou as chaves ao presidente da Câmara.
Já depois da cerimónia, e aos jornalistas, Rui Moreira sublinhou não ter dúvidas que “o Porto ganhou na relação histórica e presente que tem com o Brasil”, com as celebrações dos 200 anos de independência do país irmão.
“Também a cidade acolheu e ficou a conhecer melhor um dos seus tesouros”, garantiu, deixando uma palavra de agradecimento ao seu chefe de gabinete, comandante da Polícia Municipal, Sapadores Bombeiros, Instituto de Medicina Legal e os partidos políticos que aprovaram a proposta de transladação temporária do coração de D. Pedro IV para o Brasil.
RS com portal de notícias do Porto