Alargando horizontes e fortalecendo a comunhão

O fim do ano Pastoral na Vigararia da Maia é marcado por um dia de encontro, de saída e de partilha, entre o clero da Vigararia, presbíteros e diáconos, com sua Excelência Reverendíssima Sr. Dom Pio Alves, participando também os seminaristas naturais e estagiários. Assim aconteceu no dia 18 de julho de 2022, após dois anos de interrupção desta atividade, em visita, na parte da manhã, às caves «Messias», na Mealhada. A parte da tarde foi marcada pela visita ao Seminário Maior de Coimbra, guiada pelo P. Nuno Santos, reitor do mesmo Seminário, levando-nos a conhecer o fabuloso edifício do século XVIII, a sua história e o alcance atual de novos projetos realçando papel do Seminário no dinamismo pastoral diocesano, como oportunidade de trabalho vocacional, de diálogo, desde a cultura com a sociedade contemporânea, um espaço a aberto à Igreja e sociedade que tem procurado adaptar-se às circunstancias da história sem perder os seus princípios essenciais, ainda que os fins para o qual foi construído tenham sido forçosamente alterados. A eventual perda deste edifício para fins alheios aos fins próprios da Igreja seria um prejuízo pastoral e uma afronta à história eclesial, bem como uma autêntica frustração para aqueles que tanto lutaram para construir, sustentar e preservar aquele que há-de ser «o coração da diocese».

Integrado no edifício do Seminário Maior de Coimbra, o museu Nunes Pereira com duas exposições: A exposição de Cruzes «Uma entrega de Amor» que visa assinalar os 274 anos da bênção da primeira pedra do Seminário, mostrando alguns dos Cruxifixos que existem no edifício oitocentista e património do mesmo; e «A história da Salvação», apresentando os vitrais da Igreja Matriz de Cardigos, entre outros, criados pelo Monsenhor Nunes Pereira, que dá nome ao Museu. Este artista, natural de Fajão (Pampilhosa da Serra), foi padre na Diocese de Coimbra, tendo falecido a 1 de junho de 2001. O museu encontra-se na oficina onde trabalhou nos últimos anos da sua vida. «Os espaços, os instrumentos e as obras fazem-nos respirar o ambiente onde o Monsenhor Nunes Pereira fez algumas das mais emblemáticas peças de arte». Ainda que em arquivo, o museu tem a maior coleção do artista (mais de 15 mil peças) e inclui algumas das suas melhores obras.

A visita terminou pelo fim da tarde, num verdadeiro ambiente de confraternização e partilha, tão saudável para a comunhão sacerdotal.

(padre João Emanuel Pereira)