Obra de apoio aos sem abrigo quer retomar a 20 de julho o serviço de refeição à mesa como antes da pandemia.
O projeto Porta Solidária revela em comunicado enviado à redação de Voz Portucalense que “as ofertas para a dispensa” desta obra social “desceram drasticamente devido à subida do preço dos bens alimentares e consequente diminuição do poder de compra das famílias”.
Por esta razão, a instituição pede apoio, nomeadamente, em ofertas de bens alimentares, declarando que pretende retomar a 20 de julho o serviço de refeição à mesa como antes da pandemia.
Esta relevante resposta social na cidade do Porto foi criada em fevereiro de 2009 na paróquia da Senhora da Conceição. Está localizada na Praça Marquês de Pombal e serve diariamente um “jantar às pessoas em situação de sem abrigo e outros pobres”.
Recorda em comunicado que a 12 de março de 2020, devido à pandemia de covid-19, teve que passar a “oferecer o jantar em regime de take away”. Revela que pretende agora retomar aquilo que era feito antes da pandemia, servindo um jantar “de um modo digno, à volta de uma mesa” – refere a nota.
“O objetivo inicial da Porta Solidária é proporcionar o serviço de jantar, de um modo digno, à volta de uma mesa, para que as pessoas não tenham de comer nos passeios ou nos jardins” – sublinha o comunicado.
O projeto Porta Solidária serviu desde março de 2020 a maio deste ano 323.391 refeições, sendo que 24. 301 foram servidas a crianças até aos doze anos.
A 25 de junho de 2020, em plena pandemia, o presidente da República visitou o projeto Porta Solidária acompanhado pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda. Ambos distribuíram refeições.
Na ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se ao projeto Porta Solidária afirmou:
“Uma obra de distribuição daquilo que é para tanta gente, centenas e centenas de pessoas, o mínimo dos mínimos, de uma refeição para poderem viver e olhar para o dia seguinte, como um dia de esperança e não um dia de desespero”.
RS
