Catequese em Festa na Vigararia de Matosinhos

A Equipa Vicarial da Catequese de Matosinhos retomou, neste final de ano pastoral, a prática já consolidada da Festa Vicarial da Catequese, quer da Infância quer da adolescência.

Depois de dois anos de pausa pandémica, foi possível concretizar os projetos que estavam pensados para o final de 2020, inspirados no Plano Pastoral de então, então centrados no Batismo, mas agora atualizados em estilo sinodal.

No passado dia 7 de maio realizou-se o Encontro Vicarial da Catequese da Adolescência, em jeito de caminhada sinodal.

A tarde do primeiro sábado de junho foi destinada a reunir mais de 800 crianças, das 12 paróquias da Vigararia de Matosinhos, acompanhadas por seus pais e catequistas, no Parque Público de São Mamede de Infesta.

Pais e catequizandos foram convidados a fazer juntos um percurso mistagógico, com a ajuda de um tríptico (uma espécie de mapa-guião), recordando o Batismo como porta de entrada, como mergulho na morte e ressurreição de Cristo, como sacramento da iluminação, como unção espiritual, que a todos reveste de Cristo e constitui em templos do Espírito Santo. A concha evocava a condição peregrina do cristão e da Igreja que, a partir do Batismo, inicia um caminho novo, com saída para a vida eterna.

Para isso, criaram-se além da concha, outros símbolos, que marcavam as sete estações: uma porta larga com uma cruz ao cimo (a cruz, marca dos amigos de Jesus), uma travessia nas águas purificadoras do Batismo, 12 camisolas brancas (uma por cada paróquia) onde se assinalavam o nome e a data de Batismo dos revestidos de Cristo, um grande círio aceso a apontar para a Luz de Cristo, que refulgia em 12 raios, em volta do qual se fazia uma oração.

Não faltou ainda o óleo, como sinal da força de Cristo ou da beleza de ser cristão.  Numa outra estação pontificava o Espírito Santo, com os seus sete dons. Na sétima estação havia um mural, cujas redes de fundo evocavam o mar de Matosinhos, onde as crianças colocavam a sua concha, com a sua resposta a várias perguntas sinodais e específicas para cada ano de catequese.

Faz-se notar que essas perguntas e respostas foram trabalhadas previamente, por todos os catequistas, com os respetivos catequizandos, nos encontros catequéticos, em cada uma das paróquias. As respostas ali partilhadas serão objeto de uma posterior leitura atenta e análise humilde, por parte de catequistas e párocos, como forma sinodal de crescermos juntos, por um caminho novo, desde o nosso Batismo. Foi esse, aliás, o lema deste encontro.

Regista-se, por fim, nesta iniciativa, uma expressiva participação de pais e catequizandos que, apesar do contexto ainda de pandemia, parece acontecer em contraciclo com o fenómeno das nossas Igrejas, em muitos lugares, semivazias. Há novas dinâmicas de pertença, de celebração da fé e de participação eclesial que merecem reflexão pastoral, em tempos de processo sinodal. A retoma da iniciativa, a continuar, deixou um sinal de esperança e de alegria, para os novos tempos que vivemos.

AG/AL