
A igreja de S. Gonçalo (Amarante) continua a receber os Encontros Temáticos, cuja apresentação teve oportunidade de ler na edição anterior da Voz Portucalense.
Na passada sexta-feira decorreu o terceiro Encontro com a reflexão e partilha de dois temas: “São Gonçalo, quem sou eu?”, apresentada pelo Dr. Arlindo Magalhães; e o segundo tema: “Casa de encontro com Jesus”, apresentada pelo Sr. D. António Taipa, bispo emérito do Porto.
O Dr. Arlindo Magalhães referiu-se a S. Gonçalo como “um homem de ação” e partilhou uma reflexão baseada fundamentalmente na sua vertente de peregrino, focando de modo particular o seu fascínio pelos lugares da “Terra Santa” e salientado o facto de ser um exímio pregador.
É inquestionável a sua influência por terras do «Baixo Tâmega» o que faz dele uma personalidade muito venerada por amarantinos e por forasteiros, tendo ficado com a fama de “santo casamenteiro”.
A memória de São Gonçalo, padroeiro de Amarante, é festejada em duas ocasiões no ano: a 10 de janeiro, data que se supõe ser a do seu falecimento (1259) e no primeiro fim de semana de junho, com as grandiosas festas da cidade.
A 16 de setembro de 1561, Gonçalo de Amarante foi beatificado pelo Papa Pio IV, tendo algum tempo depois, já no reinado de Filipe I de Portugal (II de Espanha), sido iniciado o processo de canonização que acabou por ficar sem efeito.
Em 1671 o Papa Clemente X estendeu o ofício da sua festa litúrgica a toda a Ordem Dominicana. A partir dessa altura, o seu culto não parou de se difundir e propagar em Portugal e nos países lusófonos, com especial destaque para o Brasil.
Na segunda parte do Encontro, D. António Taipa partilhou uma reflexão realizada a partir da passagem dos «discípulos de Emaús» retirada do texto de Lucas (Lc 21, 13-35). Partiu de uma análise exegética e teológica desta passagem para chegar ao tema “Casa de encontro com Jesus”.
Num tempo em que sentimos, diariamente, a vida mais ofuscada pelas dificuldades, pelos constrangimentos, pelo medo, pela insegurança, pela incerteza… e onde se acentua a consciência da fragilidade humana, D. António Taipa salienta de forma muito expressiva que «o cristão é aquele que se deixa apaixonar por Jesus Cristo», apresenta Jesus como «A casa» e o «Caminho». Refere então que “Jesus é a nova Casa ou o espaço de encontro com Deus”.
O último “Encontro” está agendado para 18 de março, onde partilhará a sua reflexão o Dr. Marcos Faria – que nos vem apresentar o Tema – “Paróquia como casa de Comunhão”.
E ainda o Senhor D. Armando Domingos, Bispo Auxiliar do Porto, com a temática “Os ministérios numa paróquia sinodal”.
(inf: diácono Joaquim Pinheiro)