Na Missa de Ação de Graças pelo pontificado do Papa Francisco, D. Manuel Linda declarou que “perante uma Igreja demasiadamente institucional, hierárquica, clerical” o Papa está a desenvolver um trabalho de “renovação” através de opções como “a participação, a sinodalidade, o diálogo, a procura da ovelha ferida, o ecumenismo, a misericórdia”.
Por ocasião do 9º aniversário da eleição do Papa Francisco, o bispo do Porto presidiu na segunda-feira 14 de março a uma Eucaristia de ação de graças por este pontificado, na Catedral do Porto.
Assinalando o percurso de “reforma e renovação” da Igreja impulsionado por Francisco desde aquele dia 13 de março de 2013, D. Manuel Linda afirmou que o Papa faz a “denúncia do mal”, um “chamamento à conversão” e “anuncia Deus que é perdão”.
O bispo do Porto salientou o caminho percorrido pelo Santo Padre “por uma igreja de rosto mais transparente. Mais luminosa e missionária. Mais espiritual e menos organização”.
“O Papa é uma consciência crítica da sociedade” – declarou D. Manuel Linda sublinhando a dimensão de Francisco de “líder mundial” relevante, que faz coincidir a sua voz com as suas atitudes.
Recordando na sua homilia a imagem da “pá de joeirar”, no texto de S. Mateus, o bispo do Porto aplica-a ao Papa Francisco. Na sua mensagem semanal na VP D. Manuel Linda explica esta metáfora esclarecendo que o Papa Francisco “se tornou uma pá de joeirar” devido à “limpeza em profundidade” que está a fazer à Igreja.
“Perante uma Igreja demasiadamente institucional, hierárquica, clerical, afastada, inflexível e impenitente, procede a um excelente «restauro», realizado na paciência e em profundidade” – escreve D. Manuel Linda.
No texto que VP publica esta semana, o bispo do Porto assinala o trabalho de “renovação” de Francisco através de opções como “a busca do essencial, a reforma, a participação, a sinodalidade, o diálogo, a procura da ovelha ferida, o ecumenismo, a misericórdia, a compaixão e a preocupação com o humano integral”.
RS