Não mais guerra, não mais morte

Por Joaquim Armindo

A guerra é mesmo uma “loucura” – dizia o papa Francisco “a loucura da guerra” -, essa loucura esteve nas mãos de homens que decidiram invadir um país soberano por razões que ninguém compreende. Também não existem quaisquer razões para pessoas matarem outras pessoas, quando vivemos todos num planeta que necessita de Paz e Justiça. Não se percebe, parece que nenhum cidadão ou cidadã percebe, porque existe uma invasão de um país por outro país, tanto mais que existem organizações internacionais para se estabelecer o diálogo na resolução de conflitos entre países. A barbárie de uma guerra só a compreende bem, quem viveu nela e a Europa já teve vários conflitos que determinaram que as armas não são solução. As armas só são solução quando as fábricas de material de guerra têm os seus armazéns cheios e necessitam com urgência de mais espaço para armazenar mais armas. Tira-se a conclusão que o que têm de fechar são as fábricas de material de guerra, artifícios para a defesa da paz com armamento, cada vez mais sofisticado. O que irá fazer um país como a Ucrânia perante o arsenal bélico russo? Render não pode lutar não possui capacidade perante uma Rússia feroz e a ONU incapaz de intervenção para preservar a paz.

Uma loucura completa resolver as questões – que até nem percebemos quais são! -, por intermédio das armas. Seria evidente que o resto do mundo ficaria parado e não intervinha, teríamos mesmo uma guerra mundial. Enquanto soldados dos dois lados morrem, uma pátria é ameaçada, pelo querer de um comando que passou a ser acéfalo. Pretendem submeter um país aos seus ditames culturais e sociais? Pretendem defender-se a si próprios? Mas defender-se de quem? A Ucrânia foi um país já dependente da antiga URSS que se desmoronou, por fatores culturais e sociais, querem voltar a possuir um monopólio de comando de um império que se libertou há poucos anos duma fatídica ditadura?

Qualquer pessoa de bom senso, melhor ou mais mal informada, não consegue vislumbrar objetivos concretos de querer submeter um país a outro, colocando no poder pessoas que lhes serão gradas. A liberdade e a democracia ficam empobrecida com este atentado, que muitos, entre os quais me incluo, não queriam acreditar que acontecesse. Uma coisa é certa no mês anterior a Rússia mentiu, mentiu dado ter terminantemente informado que não queria nem ia invadir nada. O povo russo também foi enganado. Resta-nos a todos e todas erguer as nossas vozes – que não têm armas de guerra, mas são poderosas – garantindo que todos os povos têm direito a viver em paz e em democracia.

A Rússia errou, nem se trata de lutas ideológicas, mas de pura intervenção sádica.