Reconhecimento da independência de duas províncias separatistas, pela Rússia, agravou tensão
O Vaticano recordou nesta terça-feira dia 22 de fevereiro os apelos à paz na Ucrânia que o Papa tem lançado, alertando para a “loucura” da guerra, numa reação ao reconhecimento da independência de duas províncias separatistas, pela Rússia.
“Resta uma abertura para o diálogo, muito invocada pelo Papa nas últimas semanas”, refere o portal de notícias ‘Vatican News’.
O artigo começa por recuperar o alerta de Francisco, no último domingo, quando lamentou que “pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos” vejam os outros como inimigos e pensem em “fazer a guerra.
Uma semana antes, o Papa alertava para as notícias “preocupantes” que chegavam da Ucrânia, pedindo um momento de oração, em silêncio, na Praça de S. Pedro.
A 9 de fevereiro, Francisco agradeceu a todas as pessoas e comunidades que se uniram em oração pela paz na Ucrânia, numa jornada que aconteceu a 26 de janeiro, por iniciativa do Papa.
“Continuemos a implorar ao Deus da paz, para que as tensões e ameaças de guerra sejam superadas através de um diálogo sério e para que as conversações no formato da Normandia possam também contribuir para esse propósito. Não esqueçamos: a guerra é uma loucura”, disse.
Esta segunda-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu os regimes separatistas de Lugansk e Donetsk no leste da Ucrânia, avançando com a colocação de tropas russas nestes territórios, justificando a decisão com a necessidade de “manutenção da paz”.
A Rússia é acusada de instigar o conflito no território ucraniano, palco de uma guerra com oito anos, na sequência da anexação russa da península ucraniana da Crimeia.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a decisão da Rússia em reconhecer a independência dos territórios separatistas “é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia”.
(inf: Agência Ecclesia)