
D. Edgar Peña Parra, durante a sua visita à diocese do Porto de 18 a 20 de fevereiro, esteve na Casa do Gaiato de Paço de Sousa. Foi no sábado dia 19 de fevereiro, na companhia de D. Manuel Linda, bispo do Porto e do Núncio Apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, que o Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano visitou a Obra da Rua fundada pelo Venerável padre Américo Monteiro de Aguiar.
O Papa Francisco aprovou em dezembro de 2019 a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” do padre Américo. O processo de beatificação do Padre Américo foi introduzido em 1986.
Nascido em Galegos, no concelho de Penafiel, na diocese do Porto, a 23 de outubro de 1887, Américo Monteiro de Aguiar foi uma figura cimeira da Igreja em Portugal no século XX. Quis ingressar cedo no Seminário, mas só se ordenou presbítero com 41 anos em 1929 na imposição das mãos do bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva.
O padre Américo demonstrou especial gosto em cuidar dos pobres, doentes e reclusos, mas é na dedicação às crianças da rua que a sua vida se tornou testemunho. De 1935 a 1939 promoveu em Coimbra as Colónias de Campo do Garoto. A 7 de Janeiro de 1940 fundou a primeira Casa do Gaiato em Miranda do Corvo, para crianças abandonadas e sem família, sob a divisa “Obra de Rapazes, para Rapazes, pelos Rapazes”.
Pai Américo. Era assim que lhe chamavam os rapazes da Obra da Rua e tantos outros, homens e mulheres, que com ele viveram a aventura da caridade feita vida, do Evangelho feito entrega. Deu-se pelos outros e para os outros. Procurava-os, porque não gostava da “paz podre das sacristias”. Foi “Igreja em saída” e na Rua fez a sua Obra. A Obra da Rua.
Atualmente, há mais seis Casas do Gaiato: em Paço de Sousa (1943, sede da Obra da Rua), em Beire (1954, Paredes), em Setúbal (1955), Benguela e Malanje (1963, Angola), e Maputo (1967, Moçambique).
RS