Covid-19: infetados podem votar nas eleições legislativas

No próximo domingo dia 30 de janeiro decorrem em Portugal eleições legislativas antecipadas. Os eleitores são chamados às urnas depois da dissolução da Assembleia da República decidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, oficialmente, no dia 5 de dezembro.

Segundo decisão do Conselho de Ministros de dia 20 de janeiro, o governo português aprovou “a resolução que acautela o exercício do direito de sufrágio a quem, no dia 30 de janeiro de 2022, esteja sujeito a confinamento obrigatório, assegurando simultaneamente o respeito pelo direito à proteção da saúde de todos”.

“Prevê-se, assim, que no dia 30 de janeiro de 2022, preferencialmente entre as 18h00 e as 19h00, os cidadãos que estejam sujeitos a confinamento obrigatório possam, a título excecional, deslocar-se exclusivamente para efeitos de exercício do direito de voto na eleição da Assembleia da República, devendo fazê-lo em cumprimento das medidas sanitárias e de saúde pública” – informa o comunicado do Conselho de Ministros.

Os casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 continuam a subir e durante a semana passada os números de contágio diário estiveram durante vários dias acima dos 50 mil.

Os novos casos de infeção têm sido diagnosticados em maior número a norte do país, sendo que têm sido registados muitos casos em crianças até 9 anos.

Esta onda de novas infeções está a obrigar os matemáticos, que mais se têm dedicado ao estudo da pandemia, a realinharem as suas previsões sobre o momento do pico desta vaga da pandemia de covid-19 em Portugal. Segundo o matemático Carlos Antunes em declarações à SIC, poderão estar em confinamento no dia 30 de janeiro, domingo das eleições legislativas, perto de 1 milhão de pessoas.

Na Europa continua em crescimento esta vaga da pandemia, com a Alemanha a registar no dia 20 de janeiro, um novo máximo diário com 140.160 infetados com o novo coronavírus em 24 horas.

Entretanto, precisamente na quinta-feira dia 20 de janeiro, a Áustria decidiu que a vacinação covid será obrigatória. Torna-se, assim, no primeiro país da União Europeia a tomar esta medida.

RS