“Orientar para Deus e servir a fraternidade” – bispo do Porto aos novos diáconos

Foto: João Lopes Cardoso

No dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, decorreu na Catedral do Porto a ordenação de diáconos que se preparam para o presbiterado. São estes os nomes dos novos diáconos: Alexandre Manuel Teixeira Moreira, de Cabeça Santa, Penafiel; Gerardo Alberto Angel Comayagua, de San Salvador; Hugo Joel Pereira Cunha, de S. João de Ovar, Ovar; João Miguel Moreira Azinheira, de S. João da Madeira; José Emanuel Rodrigues Félix Milheiro Amorim, de Guetim, Espinho; Massimiliano Maria Arrigo, de Palermo, Itália e Tiago Daniel Machado Dias, de Ordem, Lousada.

Na sua homilia, D. Manuel Linda recordando o Evangelho daquele dia, assinala que a Mãe de Jesus “é também a Mãe daqueles que participam do seu sacerdócio mediante o Sacramento da Ordem”. “Ela entra na nossa vida como entrou na de Jesus” – referiu.

A participação dos novos diáconos no “sacerdócio de Jesus Cristo”, segundo o bispo do Porto, “pressupõe homens” que “atuem como Ele atuou, realizem o que Ele realizou, façam o que Ele fez”.

“O diaconado e o futuro presbiterado não são conquistas pessoais, prémios obtidos pelo esforço de conseguir vencer uns específicos estudos, nem sequer merecimentos que a Igreja concede por um estilo de vida razoavelmente sensato e equilibrado. São antes uma tarefa e uma responsabilidade de ajudar a descobrir a verdade, formar a liberdade de todos, educar a sua consciência e coloca-la na direção do Deus do amor e do serviço fraterno, quais condições de realização pessoal. Só estes ministros interessam à Igreja deste terceiro milénio” – afirmou D. Manuel Linda.

O bispo do Porto declarou que o “ministério e o trabalho” dos novos diáconos passa por “orientar para Deus e servir a fraternidade”. Objetivos que se atingem através da “proclamação da Palavra de Deus, a formação da fé, o anúncio missionário da Boa Nova aos que a desconhecem, o serviço divino de louvor e de ação de graças e a administração de determinados sacramentos”.

“Sereis os grandes agentes da comunidade cristã socorrendo os pobres, visitando os sós, animando os doentes, integrando os descartados, incutindo esperança nos desanimados, fomentando a alegria nos tristes e velando para que todos tenham acesso às fontes da salvação e aos bens que o Criador deixou no mundo para toda a humanidade. Lembrai-vos sempre: para além de ser um constituinte fundamental da sua missão, só o âmbito da caridade revela o rosto simpático, atraente e autêntico da Igreja” – afirmou o bispo do Porto na conclusão da sua homilia.

RS