
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou a sua “oração solidária e memória agradecida” pela figura do padre Vítor Feytor Pinto, falecido na quarta-feira dia 6 de outubro aos 89 anos de idade.
“Além das inúmeras tarefas assumidas a nível diocesano, exerceu a sua missão com grande dedicação ao serviço de vários organismos da Conferência Episcopal, por exemplo como diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã e Juventude e como coordenador Nacional da Pastoral da Saúde”, lê-se numa nota enviada à Agência Ecclesia.
O padre Vítor Feytor Pinto, natural de Coimbra, nasceu em 1932; Aos 10 anos entrou no seminário, foi ordenado na Diocese da Guarda a 10 de julho de 1955. Ficou ligado à divulgação do Concílio Vaticano II no Movimento ‘Por um Mundo Melhor’; ao trabalho na Ação Católica e à vivência do 25 de Abril, antes de chegar à reflexão sobre a Pastoral da Saúde e a defesa dos direitos fundamentais; nos últimos anos, destacou-se pelo trabalho na paróquia do Campo Grande
A Conferência Episcopal Portuguesa destaca que a família e a juventude “sempre estiveram no seu horizonte evangelizador”, sendo assistente nacional de várias associações e movimentos de caráter juvenil e familiar e essa “forte presença evangelizadora” estende-se a organismos como a Juventude Escolar Católica, os Cursilhos de Cristandade e as Equipas de Nossa Senhora.
O padre Vítor Feytor Pinto exerceu também cargos na Igreja Universal e na sociedade, e a CEP destaca a fundação do Movimento de Defesa da Vida (MDV), o acompanhamento pastoral de associações de Médicos Católicos e a ação em organismos contra a droga e a toxicodependência.
Ao longo do seu ministério foi Assistente Nacional e Diocesano da Associação Católica de Enfermeiros e Profissionais de Saúde (ACEPS), Assistente Diocesano dos Médicos Católicos e Assistente Diocesano da Associação Mundial da Federação dos Médicos Católicos (AMCP).
Monsenhor Vítor Feytor Pinto foi porta-voz, junto dos bispos portugueses, da revolução de 25 de abril de 1974, recordando sempre a forma “serena”, mas “interventiva” como a Igreja Católica viveu a queda do regime.
No livro-entrevista ‘A Vida é sempre um valor’, lançado pelas Paulinas, o falecido monsenhor Feytor Pinto explicava a sua fé na “vida para além da vida”. “O mistério da morte é um tempo de passagem, mas a nossa razão de ser é a vida. Aqui temos de dá-la a conhecer, para que toda a gente sinta que não é destruída pela morte. Nem a morte nos destrói. Acredito profundamente nisto” – afirma no livro.
(inf: Agência Ecclesia)