
No passado dia 17 de setembro, o Papa Francisco falou aos participantes no encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da nova Evangelização sobre “Catequese e catequistas para a nova Evangelização”. Participaram responsáveis da Catequese de toda a Europa.
Recém regressado do Congresso Eucarístico Internacional de Budapeste, o Santo Padre começou o seu discurso com afirmações que merecem ser destacadas:
– «o grande esforço da catequese só pode ser eficaz na obra da evangelização se tiver o olhar fixo no mistério eucarístico»;
– «o lugar privilegiado da catequese é, precisamente, a celebração eucarística, onde os irmãos e as irmãs se reúnem para descobrir cada vez mais os diferentes modos da presença de Deus na sua vida».
Graças a Deus, em tempo de pandemia, quando o confinamento geral era de regra, em muitas comunidades o esforço e a criatividade de numerosos catequistas permitiu manter um contacto válido com as crianças e adolescentes confiados ao seu zelo de evangelizadores. Assistiu-se, até, a um envolvimento sem precedentes das famílias porque, como facilmente se reconhece, a catequese a crianças por meios telemáticos não funciona se algum adulto não estiver presente para estabelecer e manter tanto a conexão como a atenção. Mas faltou algo de insubstituível: a vivência celebrativa comunitária. De facto, a participação na Eucaristia não é um acessório facultativo da catequese mas sim o seu momento principal.
O papa vai repetindo: «a catequese não é uma comunicação abstrata de conhecimentos teóricos a memorizar como se fossem fórmulas de matemática ou de química. É antes a experiência mistagógica daqueles que aprendem a encontrar os irmãos onde eles vivem e trabalham, porque eles próprios encontraram Cristo que os chamou a tornarem-se discípulos missionários».
Retenhamos o sintagma «experiência mistagógica». Há «mistagogia» quando alguém iniciado, já experimentado no «mistério de Cristo», conduz quase que pela mão (como os «pedagogos» da antiga Grécia) os ainda não iniciados à experiência íntima e vital desse Mistério que se torna presente, precisamente, na celebração dos «santos mistérios», na vida sacramental que é sempre corpórea, comunitária, concreta, objetiva e nunca «virtual».
Por isso, ser catequista vai muito além do «ensinar a doutrina». O papa criou o ministério de catequista: «para que a comunidade cristã sinta a exigência de suscitar esta vocação e de experimentar o serviço de alguns homens e mulheres que, vivendo da celebração eucarística, sintam mais viva a paixão de transmitir a fé como evangelizadores»; «o catequista e a catequista … são pessoas capazes de criar os laços necessários de acolhimento e proximidade que permitem saborear melhor a Palavra de Deus e celebrar o mistério eucarístico oferecendo frutos de boas obras».
Ministros Extraordinários da Comunhão
No próximo domingo, 3 de outubro, às 15h30, no grande auditório da Casa Diocesana de Vilar, D. Manuel Linda preside à celebração eucarística na qual serão designados novos Ministros Extraordinários da Comunhão [MECs]. Para preparar espiritualmente a investidura nesta missão tão importante, os candidatos participarão numa manhã de reflexão na Casa de Vilar, no sábado de manhã (2 de outubro, a partir das 9h30).
* * *
Vão retomar-se os encontros diocesanos de formação permanente dos MECs. Como de costume, essa ação será descentralizada em 7 lugares da nossa Diocese:
Porto – Casa Diocesana de Vilar: 10/10/2021, das 15h00 às 16h30.
S. Mamede de Infesta – Salão Paroquial: 13/10/2021, das 21h30 às 23h00.
Penafiel – Igreja Matriz de Bustelo: 17/10/2021, das 15h00 às 16h30
Santo Tirso – Colégio de S.ta Teresa: 19/10/2021, das 21h00 às 22h30.
Carvalhos – Seminário: 20/10/2021, das 21h30 às 23h00.
Amarante – Centro Pastoral: 24/10/2021, das 15h00 às 16h30.
S. João da Madeira – Centro Paroquial: 26/10/2021, das 21h30 às 23h00.
Os MECs deverão fazer-se acompanhar do cartão comprovativo da sua participação.