
Vinde Jesus: Estrela da manhã, Pastor das águas vivas, Divina Fonte clara! Cantamos vossa Vinda gloriosa.
Comumente asseverado que só se é presbítero no seio de um presbitério (cf. Gisbert Greshake), na vida eclesial é de particular e imprescindível existência e vivência a fraternidade presbiteral enquanto sentido primeiro e derradeiro da essência e manifestação sacerdotal a partir do qual cada sacerdote exerce o ministério ordenado in persona Christi, gerens personam Christi. Aliás, é pela procura de unidade de coração e de missão que a verdade do caminho de unificação busca encontrar na incisiva santificação o seu mais autêntico sentido ontológico-sacerdotal. Enquanto dom particular que de Deus se torna presença por meio de Cristo Jesus em cada ministro ordenado, a beleza da consagração ministerial vive-se particularmente dentro da comunhão e da amizade sacerdotal (cf. LG. 28; PO. 3.8.9).
Foi e é sempre sob este sentido eclesial que, mais uma vez, o clero natural de Penafiel se encontrou para dar Graças a Deus pelo dom da vocação sacerdotal. Este ano, no dia 12/07/2021, o 27º encontro de padres e teólogos penafidelenses realizou-se no Mosteiro de Bustelo, terra natal do padre José Barros que no ano de 2020 festejou o 25º aniversário de ordenação presbiteral. Estiveram presentes 14 padres e 4 seminaristas do Seminário Maior do Porto; contamos ainda com a presença do Sr. D. Vitorino Soares, natural de Luzim, que pela primeira vez participou no encontro enquanto bispo-auxiliar do Porto.
O convívio teve início pelas 11h com a chegada e preparação da celebração da Eucaristia. Cumprindo todas as normas da DGS, a Eucaristia – antecedida de Hora Intermédia – teve início às 11h30min, sendo presidida por D. Vitorino e concelebrada por todos os presbíteros. A partir da liturgia proposta pela Igreja, o presidente da celebração começou por recordar e relembrar a todos a origem destes encontros que já desde 1994 se têm vindo a realizar anualmente. Partindo da primeira leitura (cf. Ex. 1, 8-14.22), D. Vitorino lembrou e exortou a todos que a memória é o mais belo e significativo sinal de gratidão a Deus e que é por ela que todos estão convidados a agradecer a Deus, por Cristo, a unidade de caminho ministerial sacerdotal. Partindo também o evangelho (cf. Mt. 10, 34-11, 1), o prelado penafidelense apontava a plena comunhão, da mútua participação e da verdadeira unidade como as grandes balizas através das quais os presbíteros devem olhar e amar a vida e a partilha da missão que Deus lhes confia diariamente; a vida quotidiana é manifestamente o lugar de felicidade, é o lugar de fidelidade, é o mais credível cumprimento do sentido autêntico e pleno da vocação sacerdotal: «quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou» (Mt. 10, 40). Alertando para o real perigo da utopia no exercício do ministério ordenado, a vida ministerial sacerdotal tem de passar necessariamente, apontava o bispo penafidelense, pela participação e comunhão no ministério de Cristo, Sumo e Eterno Pastor (cf. Heb. 2, 17).
Terminada a Eucaristia, seguiu-se a confraternização que serviu não só para dar graças a Deus pelo dom do ministério do padre Barros, mas também pelas bodas de diamante do padre Rodolfo. A eles desejamos as maiores graças e bênçãos do Céu. A terminar o encontro, ficou a certeza e a promessa de no dia 11 de julho de 2022 nos voltarmos a encontrar na paróquia de Luzim, sendo o anfitrião o Sr. D. Vitorino, filho da terra.
(texto de Alexandre Moreira)