
Na tarde de domingo 11 de julho foram ordenados oito novos sacerdotes para a diocese do Porto. D. Manuel Linda exortou-os a serem “expressão de uma Igreja sinodal” que faz caminho “lado a lado” com “todo o povo de Deus”.
Por Rui Saraiva
Ficamos a conhece-los melhor na semana passada na entrevista que cada um deles deu à Voz Portucalense (VP). Destaque especial para os testemunhos em registo vídeo disponíveis no site VP. São os novos presbíteros ordenados no domingo dia 11 de julho.
Na igreja de S. Lourenço (dos Grilos) foram ordenados oito sacerdotes. Do Seminário Maior do Porto foram o Davide Emanuel Almeida da Costa, de 27 anos, de Vale de Cambra; o Edgar Manuel Ferreira Leite, 27 anos, de Felgueiras; o José Pedro de Magalhães Novais, 31 anos, do Marco de Canaveses; o Leonel Fernando Gonçalves da Rocha, 34 anos, do Porto; o Luís Delindro Gonçalves, 32 anos, de Gondomar e o Luís Filipe Menéres de Faria Lencastre, 32 anos, do Porto. Do Seminário Diocesano Missionário ‘Redemptoris Mater’ foram ordenados o Carlos Mauricio Sacta Llivisaca, de 35 anos, natural do Equador e o Marcos de Sousa e Silva, brasileiro de 57 anos.
Numa celebração transmitida pelo facebook, com uma participação de fiéis no pleno respeito pelas normas de segurança em vigor devido à pandemia de covid-19, o bispo do Porto deu um título à sua homilia que é uma exortação aos novos sacerdotes: “padres abertos ao futuro porque sinodais”.
“Ides ser expressão de uma Igreja sinodal que sabe fazer caminho lado a lado com a totalidade dos seus membros: com os diáconos, com todos os ministérios e, de forma geral, com todo o povo de Deus. E que sabe formá-los para isso, animá-los e enviá-los” – disse D. Manuel Linda.
O bispo do Porto sublinhou aos novos sacerdotes que para a “Igreja do futuro” que eles vão construir “o Espírito do Senhor pede muito mais criatividade, inovação, liderança, carisma para congregar, abertura à novidade, privilegiar o serviço em detrimento da autoridade”.
“Tempos novos, portanto. Mas tempos belos!” – declarou D. Manuel Linda.
“O Papa Francisco, ao dizer que a sinodalidade é a atitude que Deus pede à sua Igreja neste terceiro milénio, indiretamente, deixa entender que é uma tarefa ainda não provada, mas a construir e a aclarar ao longo de gerações. Sois chamados, portanto, a tatear, tantas vezes no escuro, caminhos diferentes para uma Igreja que não só tem de servir os tempos novos, mas, ela mesma, tem de ser sempre nova e renovada. O que é belo! O que é sublime!” – frisou o prelado.
O bispo do Porto agradeceu a “disponibilidade e liberdade” dos novos sacerdotes e assinalou “os grandes elementos que configuram o ministério ordenado”:
“A generosidade sempre a renovar, a livre opção, a zelosa colaboração com o bispo, o serviço ministerial ao povo de Deus e a docilidade ao Espírito Santo, garantia de frutificação e de renascimento espiritual, como diz a oração de ordenação” – lembrou D. Manuel Linda na sua homilia.