D. Manuel Linda: “ir ao encontro dos mais frágeis” numa “sociedade mais comprometida e solidária”

Foto: Santuário de Fátima

Bispo do Porto presidiu Eucaristia incluída na 41.ª Peregrinação ao Santuário de Fátima da Família Espiritana.

D. Manuel Linda, bispo do Porto, presidiu na manhã deste dia 4 de julho à Missa do XIV Domingo do Tempo Comum incluída na 41.ª Peregrinação ao Santuário de Fátima da Família Espiritana.

Na sua homilia, D. Manuel Linda lembrou que um missionário “exprime sempre o melhor da Igreja, que é o ser fiel ao mandato do Senhor, que é ir e fazer-se discípulo, isto é, tornar conhecido o nome de Jesus Cristo e revelar o dinamismo da alegria que gera a comunhão com Deus”.

A Peregrinação da Família Espiritana ao Santuário de Fátima teve como tema “Vede bem, vou fazer algo novo” (Is. 42,19) e o bispo do Porto salientou “tratar-se de uma expressão que remete para tomadas de consciência que são muito úteis para nós que temos de sonhar e construir, com ousadia e dinamismo, um tempo diferente para a fé, agora que esperamos uma nova aurora e um novo dia, depois da escuridão da noite da pandemia que também «confinou» tantas atividades de anúncio e evangelização”.

“O Deus da Aliança jamais abandona o seu povo. Porque o ama, preocupa-se com ele, acolhe-o, cura-o, protege-o, perdoa-lhe as infidelidades, cativa-o para o regresso ao amor mútuo e convida-o a sonhar novos tempos e novas possibilidades” – afirmou D. Manuel Linda.

O bispo do Porto sublinhou a importância das atitudes de “avançar, colaborar, dar as mãos, programar”. Afirmou a necessidade de se “ir ao encontro dos mais frágeis” numa “sociedade mais comprometida e solidária”:

“Sonhar uma sociedade mais comprometida e solidária, ir ao encontro dos mais frágeis para sair da negrura da noite e entrar na claridade do dia. A nova Jerusalém, o mundo que nos é dado habitar, têm de ser reconstruídos. É possível uma nova civilização, um diferente convívio entre nós, um futuro risonho não só para alguns, mas para todos” – declarou.

Para D. Manuel Linda é possível “movermo-nos na direção de grandes metas, novos horizontes, de algo de maravilhoso se substituirmos os nossos medos pela ousadia, o nosso egoísmo por uma ação mais solidária, o nosso materialismo pela preocupação de ajuda a todos, especialmente àqueles que, pelas suas forças não conseguem levantar-se para caminhar”.

Na sua homilia no Santuário de Fátima, o bispo do Porto destacou que “também hoje” na “Europa que foi a primeira a receber o cristianismo, muitos não se abrem à graça e ao futuro”.

“Cansados, sentam-se à beira do caminho religioso, sem o percorrerem. É preciso que nós, os crentes, ao passarmos por essas pessoas, as animemos, as incentivemos a mover-se, as convidemos a fazer-nos companhia. Uma Igreja em saída, como diz o Papa Francisco, olha apaixonadamente para toda essa gente e, numa simpatia caldeada com amor de salvação, lança-lhes um olhar de ternura e oferece-lhe a mão para se apoiarem” – disse o prelado.

D. Manuel Linda concluiu a sua homilia sublinhando que “a marcha da Igreja é sempre em conjunto e nunca individualmente”.

“Nossa Senhora é o exemplo de quem recebe o Espírito de Deus e não se cola à cadeira: parte e arrasta a prima Isabel e toda a família para o futuro, como conhecemos daquele texto que o Para escolheu como referência para as Jornadas Mundiais da Juventude de Lisboa, em 2023. A Ela confio toda a família Espiritana, toda a Igreja, todos os evangelizadores e todos vós, caros peregrinos e quantos vos são queridos” – afirmou o bispo do Porto.

RS