
A Universidade do Porto vai juntar seis países do sul da Europa para refletir sobre a ‘New European Bauhaus’.
Refletir e propor futuros modos de vida que respondam ao Pacto Ecológico através de soluções sustentáveis, inclusivas e belas é o desafio central da “New European Bauhaus”. Reconhecendo a condição comum – geográfica e climática – dos países do Sul da Europa e o seu legado cultural, a U.Porto associa universidades de seis países na criação de uma plataforma pan-europeia de encontro e debate — NEB goes South — que possa contribuir para a identificação de problemas e oportunidades comuns e partilha de experiências. Arquitetos, paisagistas, designers, engenheiros, geógrafos, sociólogos e outros especialistas irão procurar compreender e mapear as especificidades do sul da Europa, para refletir e propor respostas mais adaptadas.
Mais de um século depois da “primeira” Bauhaus, a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen lançou o projeto que dará início a um novo movimento cultural sustentável, que fará parte do plano de recuperação Next Generation EU, no valor de 750 mil milhões de euros. O objetivo é construir uma Europa mais sustentável, inclusiva, caracterizada pela acessibilidade dos espaços, proteção da biodiversidade, com experiências enriquecedoras, inspiradas na criatividade, arte e cultura.
É neste contexto que nasce a plataforma NEB Goes South. Liderada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, com a colaboração da Escola de Arquitetura de Valência; Escola de Arquitetura de Toulouse; Departamento de Arquitetura, Alma Mater Studiorum, da Universidade de Bolonha; Faculdade de Arquitetura da Universidade de Zagreb; Escola de Arquitetura da Universidade Técnica Nacional de Atenas, esta iniciativa pretende co-desenhar a visão e resposta aos desafios da Nova Bauhaus Europeia sob a perspectiva e condições particulares do Sul da Europa.
Promovendo um debate amplo e internacional, a NEB Goes South surge para sensibilizar comunidades e consciencializar os cidadãos, considerando o papel determinante das instituições de ensino superior e de investigação. Combina, por isso, as perspetivas e contributos sobre o Sul da Europa, de estudantes, arquitetos, designers, engenheiros, geógrafos, sociólogos e outros cientistas e artistas.
Os países do Sul da Europa lidam com sinais crescentes de eventos climáticos extremos, com o aumento das temperaturas, desertificação, seca, entre outros. Ao mesmo tempo, são regiões de uma herança cultural ímpar. A cooperação entre estas regiões pode fortalecer a capacidade de lidar com as ameaças comuns e desenvolver soluções sustentáveis, acessíveis, inclusivas e esteticamente qualificadas.
(inf: Universidade do Porto)