Corpo Nacional de Escutas (CNE) faz 98 anos

No sábado, dia 29 de maio, a Região do Porto recebeu as comemorações do 98.º aniversário. Devido às condicionantes impostas pela pandemia, não foi possível celebrar da forma como todos gostariam, mas ainda assim houve espaço para o encontro, a festa e a ação de graças.

Sob o tema, “Escutismo a Bom Porto”, quisemos marcar o passado de tantos que encontram no Escutismo, o seu porto de abrigo e, ao mesmo, tempo, lançar amarras para o futuro, onde iremos chegar mais fortes e reforçados. O símbolo escolhido, a âncora, recorda-nos uma esperança que não é vã e que reforça também o sentido da salvação e da fé. Esta fé, que é um porto seguro onde ancoramos o nosso barco.

Os claustros da Sé, receberam a cerimónia protocolar, com a presença de representantes das várias regiões do País, onde passamos em revista as 9 décadas de vida do CNE. Também neste momento foi lançado o jogo que assinalará o centenário do CNE (em 1923) e dado o “pontapé de saída” para o ACANAC 2022 (acampamento nacional).

O Chefe Regional, Bento Sousa Lopes, sublinhava a importância do tema da atividade, no sentido de celebrarmos e honrarmos o passado, mas sobretudo, pensarmos o futuro do Escutismo e do CNE. E queremos que ele encontre o melhor rumo, para ancorar no porto de todos os sonhos. Mas também nos deixou um desafio: “sabemos que muito há, ainda, a construir. Mas só o saberemos fazer, se aprendermos com o passado, se nos empenharmos no presente e se projetarmos o futuro.”

Após este momento, celebramos a Eucaristia na Sé Catedral, em ação de graças por tudo e por tantos, que ao longo destes 98 anos têm construído o CNE. D. Manuel Linda, recordou-nos a importância do nosso movimento na vida da Igreja e da sociedade, sublinhando a responsabilidade que temos num encontro comprometido com Deus, com os Outros e com a Natureza. E também nos desafiou: a que não nos deixemos acumular de pó (tal como as talhas da Catedral, agora em obras), mas continuemos a brilhar, para o bem de todos.

Foi uma manhã simples, mas carregada de significado, tal como nos é característico. E apesar das máscaras, foi possível perceber nos olhos de cada um, a alegria de nos voltarmos a reencontrar, ainda que não da forma como gostaríamos. Apesar disso, não esmorecemos, não desistimos e ancoramos a nossa ação à força e vontade de chegar mais longe e já com a esperança de que, em breve, poderemos voltar a navegar juntos.

Ao longo destes anos temos passado pela história e a história tem passado por nós, ajudando-nos a repensar e ajustar a nossa ação, num compromisso com a felicidade. Procurai deixar um mundo um pouco melhor do que o encontraste. Hoje, e sempre, é o nosso propósito. Parabéns CNE.

(texto: Teresa Mansilha e Luísa Meireles, fotos: Inês Rocha)