Igreja dos Clérigos reabre à cidade

No sábado, 15 de maio, dia da Família e Dia internacional dos Museus, a Irmandade dos Clérigos do Porto assinalou a reabertura da sua igreja e Torre à cidade, bem como o Museu dos Clérigos. Nesse dia assinalou o concerto de órgão n.º 2000 nos órgãos históricos da igreja, o que só por si significa uma iniciativa invulgar: ao longo de mais de cinco anos (desde 2015) todos os dias se realizou um concerto do órgão. O principal responsável foi o organista Rui Soares, que nesta ocasião convidou o organista Marco Brescia e a soprano Rosana Orsini para o concerto comemorativo com obras que associaram a voz ao acompanhamento organístico.

Verdadeiramente interessante e invulgar foi o concerto do carrilhão, apresentado pela carrilhonista Ana Elias, que deslumbrou os que a puderam seguir com o conjunto variado dos temas apresentados e pela capacidade e virtuosismo da sua execução, num instrumento raramente utilizado. A admiração manifestou-se nos comentários que foi possível seguir, admirando a arte da intérprete através de um instrumento invulgar. O programa contemplou melodias adaptadas, dos últimos seculos e de várias origens, terminando com uma adaptação de duas composições de José Afonso e o “Porto sentido” de Rui Veloso. Devemos saudar a originalidade de se fazer acompanhar por duas de suas alunas no uso deste instrumento, invulgar entre nós.

Entre os eventos anunciados para a reabertura da igreja dos Clérigos, regista-se, a partir de 18 de maio, a presentação de uma exposição de fotografias com o título “Só, neste Porto só”, com o objetivo, no dizer da direção, “de mostrar a todos os visitantes o que foi viver no Porto vazio, o Porto sem suas gentes e sem os seus turistas, mas ao mesmo tempo mostrar a luz, uma esperança de que a vida não parou e que todos juntos conseguiremos ultrapassar a pandemia”.

No dia 24 de maio a Assembleia Geral da Irmandade reúne no auditório do Paço Episcopal, para apreciação do Plano de Atividades e Orçamento para o próximo ano.

CF