O bispo do Porto afirmou que “só «veremos» Jesus se decidirmos segui-l’O como discípulos; só «obteremos» provas da ressurreição caminhando com Ele e fazendo nossas as suas causas; só participaremos do seu reino acercando-nos com a chave que é a vida, as ações e as atitudes do Senhor”.
Por Rui Saraiva
Partindo da luz, a liturgia da Vigília Pascal é uma “série de leituras, entrelaçadas com salmos, orações e cânticos bíblicos que desaguam no Evangelho como grande meta para onde converge toda a história da salvação” – disse o bispo do Porto na sua homilia na celebração na Catedral do Porto.
D. Manuel Linda assinalou “a frase que vem do Sobre-humano, do mistério do Transcendente: “Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui”.
Cristo Ressuscitado será encontrado por aqueles que verdadeiramente o seguirem nas suas causas, ações e atitudes. Nas palavras do bispo do Porto “só «veremos» Jesus se decidirmos segui-l’O como discípulos; só «obteremos» provas da ressurreição caminhando com Ele e fazendo nossas as suas causas; só participaremos do seu reino acercando-nos com a chave que é a vida, as ações e as atitudes do Senhor”.
Destaque na homilia do bispo do Porto para a frase do Evangelho de Marcos: “Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis”. É na Galileia que “tudo começou” e “é lá que tudo deve recomeçar” – lembrou.
“A Galileia não é apenas o espaço geográfico, mas é a história, a memória e o recriar do acontecido: o anúncio do reino de Deus, o apelo à conversão, a derrota do maligno, o saber ser discípulo seguindo o Mestre em tudo e sempre, os milagres que testemunham a preocupação com os outros, a afirmação inusitada de que em Jesus somos filhos de Deus, o valor da fraternidade, a cura dos homens e das mulheres feridos pela amargura da vida, enfim, o recuperar de ânimo e da esperança pela presença do reino de Deus entre nós” – declarou D. Manuel Linda.
O bispo do Porto concluiu a sua homilia dizendo que “a ressurreição é como o encadeamento entre a semente e a árvore: são diferentes, mas em plena continuidade. O corpo da cruz é a semente; a luz da Páscoa é a árvore. Boas festas pascais”.
