Bispo do Porto recorda a importância da “Coleta para a Terra Santa”

D. Manuel Linda recomenda que na celebração de Sexta-Feira Santa seja colocado “um cestinho em local apropriado e informem-se os fiéis do destino da coleta”. Lembra também a “renúncia quaresmal” que “este ano se destina aos muitos pobres ajudados pela nossa Cáritas Diocesana do Porto”. Voz Portucalense publica a mensagem do bispo do Porto.

Aos Párocos, Reitores e Capelães

E a todo o Povo de Deus da Diocese do Porto

De Roma, chegou-me um forte apelo para uma grande mobilização a favor da tradicional coleta, no dia de Sexta-feira Santa, para a Igreja que testemunha o nome de Cristo na terra por onde Ele passou a sua existência histórica.

Como sabemos, o número de cristãos na Terra Santa é muito exíguo: religiosos que assumem a custódia dos lugares mais emblemáticos do cristianismo e uns poucos leigos, quase todos de origem palestiniana. Com o desaparecimento completo das peregrinações e do turismo religioso e com o forte abaixamento do quantitativo da coleta em 2020, não só os cristãos não encontram forma de subsistência como nem sequer se dispõe de fundos para o pagamento das despesas ordinárias das igrejas e outros memoriais da presença do Senhor.

Apelo, pois, à generosidade de todos. Na celebração litúrgica de Sexta-feira Santa, coloque-se um cestinho em local apropriado e informem-se os fiéis do destino da coleta. Depois, com a brevidade possível, entregue-se o produto na Cúria Diocesana.

Também não posso deixar de referir a chamada “renúncia quaresmal”, gesto penitencial fortemente ligado à vivência da quaresma e que este ano se destina aos muitos pobres ajudados pela nossa Cáritas Diocesana do Porto. E, porque, entre nós, não existe outra forma de sustento, lembro ainda o mandamento da Igreja de todos contribuírem “para as despesas do culto e sustentação do clero”.

Porto, 19 de março de 2021

+ Manuel, Bispo do Porto