
O Conselho Diocesano de Pastoral voltou a reunir online sob a presidência de D. Manuel Linda, que saudou a presença de todos e apresentou os três temas a abordar: analisar a conveniência de continuar a temática do Batismo ou mudar para outro âmbito da iniciação cristã, com foco na Eucaristia; apresentação do documento da CEP sobre “Desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal”; partilha sobre questões consideradas oportunas pelos membros do Conselho, em especial sobre as experiências dos tempos que vivemos.
Introduzindo o primeiro tema, D. Manuel pediu a avaliação do trabalho feito nestes dois anos, para desta avaliação se apontar a conveniência ou não de mudar de foco, continuando no âmbito da iniciação cristã apontado no Plano Diocesano de Pastoral vigente, cuja duração considerou poder ser alargada quanto necessário.
Muitos conselheiros partilharam experiências e iniciativas positivas e inovadoras de pastoral batismal, possíveis apesar dos constrangimentos atuais, reconhecendo também que há ainda muitos caminhos por andar, sobretudo na dimensão de envio inerente à condição batismal. Mereceu algum consenso que se poderá continuar este trabalho, ao mesmo tempo que se reeduca para a vivência da Eucaristia após o tempo de afastamento. D. Manuel concluiu dizendo que a temática para o próximo ano pastoral deverá ser abrangente acerca da nossa identidade cristã e que deverão ser propostos alguns exemplos concretos e desafiantes de práticas pastorais.
A apresentação do documento “Desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal” pelo Senhor D. Armando iniciou-se com o apelo a que não tenhamos medo de “estar dentro” da situação, reconhecendo que “Há já muita vida nova a fermentar…” e que as palavras “irmão, comunhão, corresponsabilidade, solidariedade, parceria” adquiriram nova força, ao mesmo tempo que a Igreja se vai mostrando “Mãe reconhecida e próxima de cada um”. Daqui decorre o desafio de “discernir as pandemias que já cá estavam e continuam”, e que cada grupo eclesial seja “laboratórios de reflexão, de fé” … à escuta do Espírito Santo! Esta apresentação, pela sua relevância e abrangência, vai ser disponibilizada aos agentes pastorais.
No que respeita à partilha de aspetos relevantes e intuições pastorais recolhidos neste tempo de pandemia, ressaltaram a urgência das questões dos idosos, da solidão e da pobreza escondida, a necessidade de dar protagonismo às famílias em toda a pastoral, a importância das sinergias entre paróquias, vigararias e dioceses na formação, criação de recursos e articulação pastoral, e o reforço das competências e capacidades de comunicação para os novos púlpitos digitais.
Concluindo, D. Manuel apontou três ideias fundamentadoras que precedam as atuações: a capacidade de acolher bem nas paróquias, movimentos e obras, a fé vivida em igreja doméstica e a missão como dinamismo constitutivo da Igreja. Apelou ainda ao recurso às plataformas diocesanas de comunicação e a que o desânimo não entre nas nossas casas e comunidades.
(Informação Secretariado do CDP)