Cardeal Tolentino Mendonça recebeu o Prémio Universidade de Coimbra 2021

O cardeal D. José Tolentino Mendonça foi distinguido na segunda-feira 1 de março com o Prémio Universidade de Coimbra 2021, afirmando na sua intervenção que o papel das universidades sai “reforçado” da pandemia.

“A crise pandémica vem desativar muitas modalidades de construção do real e dizer que estão ultrapassadas. Sobre o conhecimento, porém, ela vem reforçar a relevância; as sociedades do futuro terão de potenciar sempre mais a importância e a centralidade do conhecimento”, afirmou o cardeal português, numa intervenção por videoconferência a partir de Roma.

O arquivista e bibliotecário do Vaticano disse que a universidade está colocada perante “o desafio epocal” de adequar todas as suas disciplinas e saberes “a partir de uma ecologia integral e de transmitir isso à comunidade”. “As nossas sociedades precisam de colocar no âmago da vida, com maior decisão e empenhamento, a noção de bem comum”, explicou.

O ‘Prémio Universidade de Coimbra’, no valor de 25 mil euros, é este ano, pela primeira vez, dividido em duas partes, 10 mil euros para o vencedor e 15 mil euros para uma bolsa de investigação numa área que vai ser escolhida pelo vencedor. Este Prémio foi instituído em 2004.

D. José Tolentino Mendonça foi criado cardeal pelo Papa Francisco em outubro de 2019; biblista, investigador, poeta e ensaísta, o cardeal português nasceu em Machico (Região Autónoma da Madeira) em 1965, tendo sido ordenado padre em 1990 e bispo a 28 de julho de 2018; foi reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica em Portugal. O cardeal português é comendador da Ordem do Infante D. Henrique, título que lhe foi atribuído em 2001 pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio, e da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, atribuída por Aníbal Cavaco Silva, antigo chefe de Estado.

(inf: Agência Ecclesia)