
Por Secretariado Diocesano da Liturgia
A grave pandemia que afeta a Igreja e o mundo, veio pôr a nu a necessidade de rejuvenescer o serviço dos Ministros Extraordinários da Comunhão [= MECS]. É notável que, 46 anos depois da investidura dos primeiros MECs na nossa Diocese, ainda sejam numerosos os da primeira hora que continuam no ativo! A longevidade é uma bênção a agradecer a Deus! Mas, na emergência da crise sanitária que perdura, a veterania dos nossos MECs constituiu-os em «grupo de risco», desaconselhado da prestação deste precioso serviço eclesial aos enfermos e, por vezes, até da própria participação na celebração eucarística da comunidade.
Nas normas orientadoras da Diocese do Porto, entre os requisitos dos fiéis a propor para este serviço está escrito que devem «ter recebido os três sacramentos da iniciação cristã e dado provas de maturidade cristã adulta. Em principio, deverão ser propostas pessoas entre os 25 e os 70 anos». Importa reconhecer que a idade de 25 anos é muito prematura para as devidas provas de maturidade cristã adulta, em especial para se ter alcançado um mínimo de estabilidade, nomeadamente nos aspetos profissional e familiar. A idade de 25 anos é, para muitos, tempo de formação. Eis um ponto a rever. Contudo, da análise das candidaturas apresentadas de ano para ano, resulta que as exceções mais requeridas são a de candidatos a MECs com mais de 70 anos… O que nos parece, na hora atual, de difícil justificação.
O MEC é nomeado para servir, não apenas a assembleia litúrgica das suas comunidades, mas especialmente os irmãos mais frágeis e vulneráveis devido a doença ou idade avançada. Por isso, os candidatos deverão aliar à maturidade requerida, alguma condição de robustez. Quer isto dizer que os Reverendos Párocos, não deixando de aproveitar a disponibilidade acrescida dos fiéis que já gozam de justa aposentação, deverão selecionar os candidatos a este serviço sobretudo entre os que ainda estão profissionalmente «ativos».
Na proposta de novos candidatos, não deixe de se atender a todos os outros requisitos: boa formação humana e cristã; integridade e coerência de vida; prática assídua e consequente da oração, dos sacramentos e da caridade; boa inserção na comunidade com bom testemunho e cordial aceitação da parte dos demais fiéis…
A fim de não multiplicar, sem justo motivo, os MECs, com o risco de banalizar o próprio ministério, a proposta de novos candidatos deve ter como justificação uma real necessidade tendo em conta critérios objetivos: densidade populacional, dispersão territorial, cessação de funções de outros MECs …
A nomeação de alguém para MEC é reservada ao Bispo Diocesano. Em circunstâncias normais, ninguém, por sua própria iniciativa, poderá dar o encargo de levar a Eucaristia e de a distribuir a outros fiéis, a um leigo que não tenha recebido este mandato.
Proposta de novos MECs – ano 2021
Os Párocos, Reitores ou Superiores de Casas Religiosas que pretendam a nomeação e investidura de novos MECs para as respetivas comunidades deverão enviar ao Secretariado Diocesano de Liturgia os correspondentes Requerimentos dirigidos ao Senhor Bispo do Porto, segundo o modelo impresso, disponível na Cúria Diocesana ou no Secretariado Diocesano de Liturgia, até 31 de Julho de 2021 [e não 15 de maio, como estava previsto]. Os requerimentos deverão incluir certidão autêntica de Batismo e de Confirmação dos candidatos, podendo, para o efeito, utilizar‑se o espaço previsto para tal no modelo aprovado. O modelo inclui a Declaração do candidato que deve ser devidamente preenchida, assinada e confirmada e deverá ser acompanhado por uma fotografia recente do candidato(a) e pelo pagamento de uma taxa 35 €.
Os candidatos deverão participar no Curso de preparação que, excecionalmente, será concentrado num único dia: 18 de setembro, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 18h30, na Casa Diocesana – Seminário de Vilar.
Em caso de aprovação da candidatura, os futuros MECs participarão na recoleção espiritual prevista para o dia 2 de Outubro, na Casa Diocesana – Seminário de Vilar, das 9h30 às 12h30, e na celebração da sua investidura, em 3 de Outubro.