Igreja Senhora do Calvário em Campanhã: 25 anos depois

D. Júlio Tavares Rebimbas, arcebispo-bispo do Porto, a 7 de Janeiro de 1996, dedicou a igreja da Senhora do Calvário, em Campanhã, Porto, um templo em betão, muito amplo, situado em frente da Escola do Cerco, com desenho do arq. Jorge Franklin Teixeira Ribeiro e a vontade indomável do P. Joaquim C. Carlos Pinto. Participaram na celebração de Bênção o presidente da Câmara Dr. Fernando Gomes e Rodrigo Oliveira, presidente da Junta de Freguesia e outras autoridades civis e religiosas.

Esta paróquia, no extremo nascente do Porto, junto da Circunvalação e das linhas do Caminho de Ferro do Minho e do Douro, é zona de bairros sociais para onde foi nomeado, em 1965, o P. João Alves Dias, da Obra Diocesana de Promoção Social, por D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico, para ali iniciar uma experiência de Igreja de tom missionário, primeiro tendo a Escola primária como centro e depois as capelas de Nossa Senhora da Paz e de Nossa Senhora do Calvário.

O dinamismo laical de uma zona jovem com seu pároco, o ânimo de uma comunidade em ritmo de Vaticano II, onde trabalharam, como seminaristas, entre outros, D. António Marto e D. António Taipa, fez crescer a vontade de ter um espaço que pudesse congregar a já numerosa comunidade. E foi então que se construíram o pavilhão (Centro Paroquial) e a igreja, com o trabalho de muito ativas comissões de leigos, organizadas por lugares. E, na casa paroquial, foi criado um centro social (13 maio 1982), hoje com centro de dia e apoio domiciliário.

A igreja é uma elipse que se eleva para uma torre com sinos, sendo encimada por lanternim que faz descer a luz para a mesa do Altar. O corpo da igreja tem doze colunas que suportam uma única cobertura sobre um amplo espaço para meio milhar de pessoas.

Fontes de luz natural iluminam a pia baptismal e um deambulatório à volta do templo e, em área reservada, o sacrário, como a sacristia, a sala de reuniões e o cartório. Em Agosto de 2008 foi ali colocada a imagem (1,68m) da padroeira, de madeira okomé, obra do escultor Manuel Santos, de S. Mamede do Coronado.

O CNE300, a Catequese, o apoio social e uma gente dinâmica, que em grande parte habita fora das fronteiras paroquiais, faz desta uma paróquia marcada pelo serviço em zona de bairros. Os bons acessos e espaço permitem que, em zona de pouca prática religiosa, muitos ali venham à missa, às 16 horas de sábado ou ao domingo às 11h30. Ponto alto de vida é a festa da Padroeira, a 15 de Agosto.

Quando sossegar este tempo de pandemia serão assinalados os 25 anos de um templo com porta para cima da rua, para acolher quem procura o alento que vem do Evangelho de Jesus, vivido nas periferias da Cidade.

FM