Seminário Maior: instituições aos Ministérios de Leitor e de Acólito

No dia 8 de janeiro de 2021, na Igreja de S. Lourenço, sob a presidência de D. Manuel Linda, Bispo do Porto, foram instituídos nos Ministérios de Leitor e de Acólito 9 seminaristas do Seminário Maior do Porto.

Receberam o Ministério de Leitor:

– Bruno Miguel Coelho Aguiar, da paróquia de Moreira da Maia, Maia.

– Filipe Ramos Santos, da paróquia de Malta, Vila do Conde.

– Manuel António Moreira da Silva, da paróquia de Lagares, Penafiel.

Por sua vez, foram instituídos no Ministério de Acólito:

– Alexandre Manuel Teixeira Moreira, da paróquia de Cabeça Santa, Penafiel.

– Hugo Joel Pereira Cunha, da paróquia de S. João de Ovar, Ovar.

– João Miguel Moreira Azinheira, da paróquia de S. João da Madeira.

– José Emanuel Rodrigues Félix Milheiro Amorim, da paróquia de Guetim, Espinho.

– Pedro Manuel Lopes da Cunha, da paróquia de Besteiros, Paredes.

– Tiago Daniel Machado Dias, da paróquia de Ordem, Lousada.

Situando a novidade e atualidade que o II Concílio do Vaticano colocou à consideração da Igreja em relação às admissões e instituições dos Ministérios Laicais, D. Manuel, na homilia, procurou incutir nos candidatos às Ordens Sacras o autêntico, o verdadeiro e o imprescindível valor e sabor de se deixar e sentir amado por Deus em Cristo e, a partir deste encontro primeiro e derradeiro, a ser testemunha fiel do amor Misericordioso que o Pai manifesta por cada um dos seus filhos.

Invocando S. Paulo, D. Manuel começou por salientar e lembrar que a fé apenas se torna credível por meio da escuta (fides ex auditu [Rom. 10, 17a]): para uma vivência verosímil, audível e visível da fé, torna-se particularmente desafiante e cativante a fiel pregação do Evangelho do Reino, tal qual o Mestre fez, ensinou e provocou nos seus discípulos.

Por conseguinte, usando a analogia das duas mesas – a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia – D. Manuel Linda procurou assinalar algumas linhas de sentido e de serviço que os candidatos aos Ministérios Laicais devem ter em consideração e ponderação durante o exercício de cada um dos seus ministérios. Dirigindo-se primeiramente aos candidatos ao Ministério de Leitor, D. Manuel assinalou-lhes a importância e a significância que a Palavra de Deus tem de ser e de ter na vida de cada um deles: na vida de todos os dias, mais do que a importante, bela e dedicada proclamação da Palavra, urge mais verdadeiramente e simplesmente ser testemunha viva da inabitação e coabitação da Palavra Revelada e Incarnada. A partir da leitura diária, da meditação tranquila e perseverante e da amabilidade e caridade insistentes, cada instituído deve procurar ser e viver de acordo com o sentido verdadeiro e primeiro, único e absoluto que a Palavra de Deus provoca e reclama para si, enquanto imprescindível meio e canal de encontro com Deus; apenas e só assim é que o livro da Sagrada Escritura se tornará mais viva no coração dos homens. Aos candidatos ao Ministério de Acólito, o Bispo do Porto salientou a importante missão da qual cada um é investido e revestido: ser instrumento e canal de proximidade de cada cristão com o Pão da Vida Eterna, com o Pão Vivo que desceu do Céu, com o Pão que alimenta, sustenta e orienta. Firmes de que a Igreja tem o vértice e a fonte da sua vida na Eucaristia e é pela Eucaristia que o povo de Deus se edifica e cresce, os acólitos recebem o ministério de ajudar os presbíteros e os diáconos no desempenho das suas funções e de distribuir aos fiéis, incluindo aos doentes, enquanto ministros extraordinários, a sagrada Comunhão. Assim, no pleno e inexaurível serviço à mesa, na assiduidade e fecundidade do serviço do altar, cada um deles deve ser o mais vivo e crescente sinal de fé e de caridade para a perpétua edificação e firme unificação da Igreja de Cristo.

Na vida eclesial e ministerial, a beleza caritativa e a dinâmica serviçal de todos os pastores fundamentam-se na vida pessoal e apresentam-se como realidade pastoral na compreensão e dedicação do próprio ministério. A partir do altar – sinal de sacrifico e de entrega, marca de reunião e de comunhão – a cada um dos novos instituídos fora pedido que sejam, verdadeira e inequivocamente, o mais puro e belo sinal de Cristo pobre, humilde e sofredor, o mais sincero sinal visível do único e absoluto amor de Deus, o simples e dedicado sentido de serviço e de amor que o Pai chama todos e cada um dos batizados. «Deus vos ajude», intercedeu D. Manuel Linda.

(inf: Seminário Maior do Porto)