A importância dos leigos na comunicação

Foto: João Lopes Cardoso

O Papa Francisco neste mês de agosto nomeou um leigo como número dois da Secretaria para a Economia do Vaticano e seis mulheres para o Conselho para Economia que é o organismo de supervisão financeira da Santa Sé.  Destacamos aqui a aposta do Santo Padre no empenho laical na área da comunicação.

Foto: Vatican News

Nos últimos anos o Vaticano assumiu uma mudança profunda da função comunicação. Um processo de reforma iniciado em 2015 que teve em julho de 2018 uma decisão forte e inédita: a nomeação de um leigo como Prefeito do Dicastério para a Comunicação. Um corte com a tradição de serem arcebispos ou cardeais os prefeitos dos dicastérios vaticanos. Um sinal de que os leigos para além de colaboradores da comunicação podem também ser os diretores. Algo que tem sido muito útil ao Santo Padre neste tempo de pandemia.

Paolo Ruffini, é o Prefeito para o Dicastério da Comunicação no Vaticano. Tem 63 anos, é casado e um jornalista com ampla experiência em jornais como o Il Mattino de Nápoles ou o Il Messaggero de Roma. Trabalhou também em rádio na RAI Parlamento e em televisão na RAI3, na La 7 e na TV2000, que é a televisão da Conferência Episcopal Italiana.

De referir que a presença de leigos na direção da comunicação vaticana é cada vez mais forte. Exemplo disso são o jornalista Andrea Tornielli que é Diretor Editorial do Dicastério para a Comunicação tendo como vice-diretores dois leigos jornalistas da Rádio Vaticano: Sérgio Centofanti e Alessandro Gisotti. Também a Sala de Imprensa da Santa Sé tem um leigo na sua direção: Matteo Bruni foi nomeado em julho de 2019 e conta com uma vice-diretora brasileira, Cristiane Murray, que vem da Rádio Vaticano. Por sua vez, a direção do jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, está entregue ao leigo Andrea Monda.

RS