
Por Joaquim Armindo
Numa imagem para demonstrar o que é a Casa Comum, poderíamos dizer que o Sistema Solar é uma cidade, com muitas casas comuns, os planetas conhecidos e os desconhecidos. Ao afirmar que queremos defender algo que nos é comum, não podemos desprezar as ouras Casas que formam a Cidade. Mesmo esta Cidade por mais grandiosa que seja não é mais que uma “cabeça de um alfinete”, no Grande Universo, do qual conhecemos a maravilhosa nossa Cada Comum. O lixo que deitamos fora da Casa Comum, também é imperdoável, que não lhe apliquemos a regra dos 5R – Recusar, Refletir, Reutilizar, Reciclar, Reduzir; quantos satélites andam à volta da nossa Casa Comum lançados por nós próprios, alguns já sem serventia e que até podem atingir a Casa Comum, sendo que é lixo deitado na Cidade e da nossa responsabilidade. Os poderes que os humanos possuem na sua Casa Comum, é nenhum, por isso as forças que Deus nos dá para fortalecermos esta Criação e não a destruir. Veja-se o COVID – 19, onde a mão humana interveio para o seu aparecimento, mas não consegue depois eliminar as mortes e as doenças provindas, teremos de esperar alguns anos até a doença ser controlada.
Para se compreender a profundidade e a grandiosidade do que é este Cosmos e esta nossa Casa Comum, referimos dois exemplos: se imaginarmos 24 horas, duração do dia, equivale a 86 400 milhões de anos, o universo teria, 5,5 horas, a história total da nossa Casa Comum – a Terra -, 4,7 segundos e a humanidade apenas valeria 1 segundo, ou seja, temporalmente, e nesta escala nós somos unicamente iguais a 1 segundo de existência; o segundo, se o nosso relógio for 15 000 milhões de anos e equivaler a um ano solar – o nosso ano -, começando em 1 de janeiro quando tivemos a primeira explosão (big-bang), no dia 1 de maio, surgiu a Via Látea, em 9 de setembro formou-se o planeta Terra – nossa Casa Comum -, em 25 de setembro apareceram as primeiras formas de vida e a 30 de dezembro os primeiros homens e as primeiras mulheres. Curiosos exemplos!
A defesa da nossa Casa Comum, a defesa do Cosmos, é, na nossa pequenez, um dever de defesa da Criação de Deus, como enfatiza a Laudato Si` e outros documentos anteriores e posteriores, das várias religiões.
Para aprofundamento ler: “Las Idades de Gaia”, Tusquets, Barcelona, 1993; Gaia: una bibografía de nuestro planeta vivo, J. E. Lovelock, Hermann Blume, Madrid, 1983; Los dragones del Edén, RBA, Barcelona, 1993. Ecología: Grito de la Tierra, Grito de los Pobres, Leonardo Boff, Editorial Trotta, 2011.