
O escritor, romancista, contista ensaísta e poeta Mário Cláudio (n. 1941) foi distinguido na edição deste ano do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com a apoio da Direção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, pela sua obra “Tríptico da Salvação”, editado pela D. Quixote, 2019.
A decisão do júri (constituído por Ana Paula Arnaut, António Pedro Pita, Cândido Oliveira Martins, Isabel Cristina Rodrigues e José Carlos Seabra Pereira), avaliou 60 obras a concurso, das quais foram escolhidos cinco finalistas) foi tomada por maioria, já que Isabel Cristina Rodrigues votou na obra “A Visão das Plantas”, de Djaimilia Pereira de Almeida (ed. Relógio d’Água). Na ata salienta-se “o invulgar domínio da língua portuguesa” e a “expectativa na composição do xadrez narrativo, nomeadamente no que se refere à tensão instaurada entre a vertigem do sagrado e os impulsos libidinais”.
Mário Cláudio comemorou 50 anos de vida literária (como demos conta na nossa edição de 25 de setembro de 2019). Este prémio já lhe havia sido atribuído e, 2014, pela obra “Retrato de um Rapaz” e antes, em 1984 pela biografia “Amadeo” (sobre o pintor Amadeo de Souza-Cardoso). Entre os premiados nas 38 edições do Prémio, desde 1982, encontram-se nomes como Hélia Correia, Lídia Jorge, Gonçalo M. Tavares, Maria Velho da Costa, Vasco Graça Moura, José Saramago e Agustina de Bessa-Luís.
Por sua vez, o Grande Prémio de Literatura de Viagens, atribuído pela APE e a Câmara Municipal de Braga, contemplou a obra de Alexandra Lucas Coelho “Cinco voltas na Bahia e um Beijo para Caetano Veloso”. O júri destaca a “aproximação cultural e linguística entre o Portugal e o Brasil contemporâneos”.